De "vovorista" a candidato de "coisa nenhuma", o ex-governador André Puccinelli (MDB) agora defende composição do partido para eleições de 2024, em vez de lançarem alguém sem musculatura política para concorrer a Prefeitura de Campo Grande. 

O ex-governador tenta aproximação com o PSDB após derrota emblemática em 2022, quando concorreu novamente ao cargo de governador e perdeu no primeiro turno. Contrariado pelos indicativos das pesquisas, Puccinelli insistiu no "erro" e apostou todas as fichas no candidato Capitão Contar (PRTB), também derrotado no segundo turno.

Passado o período amargo após as eleições, o MDB agora faz autocrítica e lideranças partidárias passam a defender composições futuras com partidos aliados. 

Em 2022, Puccinelli e seu grupo romperam alianças com o governo tucano após fazer parte da base e agora a legenda com menor poderio político em MS tenta correr atrás do prejuízo. 

Sobre a prefeitura, André vem comentando que não tem intenção de ser candidato se os cofres do Executivo estiverem no vermelho. O emedebista continua com a mesma conversa de que está a frente de pesquisas de intenção de voto, porém sem esboçar vontade em enfrentar mais uma campanha.

Para o ex-governador é melhor que o MDB se alie a alguma legenda com chances eleitorais reais e com verba para investir na campanha. 

Da mesma maneira, o atual presidente do partido, Junior Mochi, defende priorizar chapas de vereadores para concorrer nos 79 municípios, fazer alianças para cargos de vices e só disputar a majoritária em cidades onde existam líderes com possibilidades de vitória.

"Temos de focar nossa atenção nas cidades onde temos candidaturas competitivas. Senão, a gente pulveriza muito e acaba não tendo um bom resultado. Vamos procurar fazer alianças com os partidos que queiram fazer composição e inclusive com o PSDB. Isso abrange cidades do interior e também Campo Grande", disse Mochi.