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Política

18/09/2018 15:10

Com planos de voltar ao Senado, Delcídio confessou ter pegado US$ 1 milhão em propina

Ele admitiu isso em delação premiada, procedimento que garantiu sua liberdade, no início de 2017

O ex-senador Delcídio do Amaral, que tenta voltar à política como candidato ao Senado, na eleição de outubro próximo, pelo PTC, confidenciou em depoimento ao MPF (Ministério Público Federal), que recebeu US$ 1,5 milhão (R$ 6 milhões se considerado a cotação da moeda americana à época) numa operação que ocorrera em 2006, ano que a Petrobras comprou a Refinaria Pasadena, que fica no Texas, Estados Unidos da América.

Depois do acordo de delação, procedimento em que o ex-senador petista detonou as ações políticas de gigantes do PT, como os ex-presidentes Dilma Rousseff e Lula, o ex-senador comprometeu-se a devolver R$ 1,5 milhão aos cofres federais em dez parcelas iguais. 

Lula e Dilma negaram as acusações e afirmaram que Delcídio agira contra eles por “vingança”. 

À época, em março de 2016, o ex-senador admitiu que a multa referente à indenização por danos causados à União seria uma espécie de castigo por ter praticado “atos ilícitos” que confessara ter cometido.

Ainda no período, conforme noticiou o jornal O Valor, Delcídio do Amaral afirmou, no depoimento ao MPF, que fez parte de um acordo de delação premiada no âmbito da operação Lava-Jato, que soube da aquisição de Pasadena havia rendido propinas no valor de US$ 15 milhões a funcionários da Petrobras e que pedira a sua parte aos ex-diretores da estatal Nestor Cerveró e Paulo Duque para pagar dívidas da campanha a governador de Mato Grosso do Sul. 

O pleito em questão foi vencido por André Puccinelli, do MDB, hoje preso por corrupção.

Delcídio do Amaral foi preso em novembro de 2016 e, por 87 dias, ficou encarcerado em Brasília. A prisão ocorreu logo depois dele ter sido gravado em diálogo com o filho de Nestor Cerveró, acusado de receber propina em operações da Petrobrás. 

Na conversa, o ex-senador prometeu a Bernardo dinheiro e fuga para Cerveró e, em troca, o ex-diretor não ia denunciá-lo. Neste ano, em julho passado, Delcídio do Amaral foi considerado inocente pela Justiça Federal e, desde então, cogita o retorno à política.

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