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Política

12/09/2016 21:08

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Em discurso de defesa, Cunha apela para ser julgado com isenção

Fala do ex-presidente da Câmara foi recheada de críticas e levou 25 minutos

O deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB/RJ) fez seu discurso de defesa, por cerca de 25 minutos, no plenário da Câmara dos Deputados, na noite desta segunda-feira (12). O ex-presidente da Casa reclamou que o processo é de natureza política e que está sendo vítima de perseguição já que aceitou o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. 

''Esse processo de impeachment é que está gerando tudo isso. O que quer o PT? Um troféu, para dizer que houve um golpe. Golpe foi dado pela presidente. Golpe é usar o dinheiro do petrolão para pagar caixa 2 de campanha. Isso que é golpe, com o conhecimento da presidente", disse o deputado afastado. 

Cunha agradeceu a Deus e disse que nenhum dos deputados ali tinha noção do processo de falta de decoro parlamentar, pois faziam um julgamento político e não técnico. Também disse que os bens da esposa não podem ser relacionados a sua contabilidade. "Não há processo por falta de decoro familiar", alegou. 

A todo momento negou que tivesse contas no exterior. ''A pergunta que me foi feita na CPI da Petrobras é se eu tinha conta não declarada. Quero saber cadê a conta? Qual é a conta?", disse o deputado afastado. Ele alegou que não tem acesso e não consegue movimentar as contas que seu truste tem na Suíça. Segundo Cunha, o dinheiro que está nessas contas é um "patrimônio acumulado ao longo de muitos anos". 
 
Em parte de seu discurso, o peemedebista estava com a voz embargada, próximo do choro. Ele também fez duras críticas ao processo. "Marcar uma votação às vesperas do processo eleitoral é querer transformar isso num circo", disse.

No final Cunha fez um apelo aos colegas de parlamento e disse que, cometida a injustiça, os próximos poderiam ser eles. 

"Se o plenário chegar a conclusão que vai acabar com a minha carreira política, o que vai causar com a minha família, não tem problema. A decisão ela é soberana de vocês. Eu peço a vocês que tenham a isenção sobre aquilo que estou sendo acusado e condenado. Não me julguem por aquilo que está sendo colocado na opinião pública", afirmou, com a voz embargada. "Me derrotem nas urnas, me derrotem no debate", pediu Cunha aos deputados.

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