A Câmara Municipal de Campo Grande aguarda a notificação oficial sobre o retorno do vereador Mário César (PMDB) e sua renúncia ao cargo de presidente para realizar novas eleições para a mesa diretora da Casa de Leis.
Em momento de instabilidade política, o posto ganha importância inesperada, pois o presidente do Legislativo é o próximo na linha de sucessão se Gilmar Olarte (PP por liminar) continuar afastado e Alcides Bernal (PP) perder o cargo.
Segundo o procurador jurídico André Scaff, o TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) deve fazer a notificação ainda hoje (25). A partir de então, Mario Cesar poderá retornar à Câmara na próxima sessão ordinária, quando será lido o pedido de renúncia.
Na sequência, o presidente em exercício, vereador Flavio Cezar (PT do B), tem um prazo de 24 horas para convocar novas eleições. Ainda de acordo com Scaff, o pleito poderá ocorrer em sessão extraordinária, mas é mais provável que aconteça na próxima terça-feira (1).
O procurador destaca ainda que a renúncia de Mario Cesar foi uma decisão pessoal do peemedebista, sem interferência ou solicitação de outros parlamentares.
Um dos principais cotados para ocupar a presidência, o vereador João Rocha (PSDB) defende uma chapa de consenso, com o apoio de todos os membros do Legislativo, mas descarta qualquer intervenção do governador Reinaldo Azambuja (PSDB) para apoiá-lo.
O tucano também nega qualquer negociação antecipada para viabilizar sua candidatura. “Sou extremamente regimentalista. Claro que já conversamos sobre a possibilidade de renúncia, mas eu não estava pleiteando a vaga”, garante.
A mesa diretora da Câmara Municipal deve ser quase integralmente renovada já que Delei Pinheiro (PT do B), Thaís Helena (PT) e o vereador licenciado Paulo Pedra (PDT) foram cassados pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) por compra de votos.