A Rede Globo de Televisão repete com o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) a estratégia já usada neste ano com personalidades mais conhecidas no Brasil: o ministro da Justiça Sérgio Moro e o presidente Jair Bolsonaro. Com o tucano, a modus operandi é o mesmo, e ainda mais antigo, com ainda o peso de denúncias já desmanteladas sendo requentadas pela emissora.
A perseguição – nas palavras do próprio governador – começou ainda em maio de 2017, quando o Fantástico, principal programa da vênus platinada, divulgou um suposto pagamento de propina para José Ricardo Guitti Guimaro, conhecido como “Polaco”. Este realmente recebeu dinheiro de empresários, como mostrado em vídeo, mas nenhuma relação com Reinaldo ou qualquer integrante do Governo de MS foi provada.
Até mesmo o próprio Polaco, que chegou a ficar foragido, nem delação premiada topou fazer. Pelo contrário, ainda acusou oficialmente o promotor Marcos Alex Vera de coagi-lo a entregar o suposto esquema e envolver políticos. O caso de Vera inclusive tramita no Conselho Nacional de Justiça.
O caso e as denúncias contra Reinaldo foram investigados e acabaram no Superior Tribunal de Justiça. O resultado? Um retumbante 11 a 0 – decisão unânime – em prol do governador. Afundando as denúncias veiculadas pelo Fantástico naquele mês de maio há dois anos.
O tempo passou. Obviamente - infelizmente - a Rede Globo e seu principal programa nada falaram da absolvição do tucano. Mesma estratégia usada com o ministro Sérgio Moro e o presidente Bolsonaro, onde denúncias se seguem uma atrás da outra, são arquivadas, mas nada se fala deste fim. Apenas o denuncismo fica registrado, e não a inocência das partes. Na 'disputa', a Globo vem perdendo espaço para outras emissoras.
A REQUENTADA
Além de não registrar o fim do processo, Globo e seu ‘filho’ Fantástico resolvem requentar a mesma denúncia contra Reinaldo Azambuja. Nos bastidores, aliados falam em ‘pressão da emissora’, porém o governador de MS preferiu ir por outro caminho. "Infelizmente temos órgãos (de imprensa) sensacionalistas e mentirosos", disparou.
Novamente envolvendo Polaco, a suposta propina e o já citado promotor Marcos Alex Vera, o Fantástico veiculou neste domingo um mirabolante plano de roubo de propina e queima de arquivos com objetivo novamente de atingir Reinaldo.
Desta vez usando uma arma já conhecida na política, porém até neste setor considerada baixa: a família. O Fantástico envolveu Rodrigo Azambuja na história, onde há uma investigação, porém sequer uma condenação, nem perto disso para se falar a verdade.
“É um caso requentado para me atingir”, resumiu Reinaldo. “Tenho absoluta confiança na inocência do Rodrigo”, completou.
