Ronaldo Caiado (DEM-GO), governador de Goiás, foi à manifestação na capital e fez discurso forte, encarando os manifestantes no peito. Disse que, dentre todos os governadores, ele é um dos poucos que não se pode duvidar de sua lealdade e apoio a Jair Bolsonaro. Foi ovacionado.
E teve o ‘mas’. E aí a coisa muda de figura. Ou, no popular, o bicho pegou!
Caiado disse que é médico, antes de ser político, e não podia aguentar aquela irresponsabilidade das pessoas ali reunidas, que em um momento tão grave do país e do mundo, com o coronavírus, não poderia permitir que se aglomerassem.
Pediu que fossem mais responsáveis e, se quisessem protestar, que pegassem seus carros e fizessem carreata pela cidade, mas que ali estava proibido, já que o estado já contabiliza quatro casos de coronavírus.
Chamou de novo à responsabilidade, dizendo que pensassem em suas famílias, que amanhã poderiam estar chorando com o risco que corriam ali. E os manifestantes o vaiavam exaustivamente.
Caiado foi duro. Disse que, no estado, e como resultado de sua responsabilidade, as aglomerações estavam proibidas, inclusive aquela ali. Nada de jogos em estádios, e nada que pudesse colocar em risco a população. Disse que carro de som estava proibido nas ruas.
Foi muito vaiado. Vaiado demais. Mas, pela primeira vez, rendemos homenagens à iniciativa do governador.