O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) declarou, nesta segunda-feira (23), que a JBS se comprometeu em pagar o que está devendo para o Estado em relação ao ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias). “A própria JBS reconheceu que já tinha sido autuada pelo Estado e isso foi bom”, afirma.

No entanto, ainda falta chegar a um denominador comum já que a empresa discorda do levantamento realizado pela Assembleia Legislativa, através de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito). Segundo Reinaldo, apesar da discordância, a JBS concordou em deixar um bem como garantia do pagamento.

Secretário estadual de Fazenda, Márcio Monteiro revelou que o governo ainda não fechou um levantamento próprio, utilizando com base apenas o documento da CPI da Assembleia, mas espera que isso seja resolvido através da conciliação entre deputados, Poder Executivo, empresa e Judiciário.

A partir desta terça-feira (24), as sete unidades da JBS instaladas em Mato Grosso do Sul, voltarão a funcionar normalmente. Elas foram paralisadas após a Justiça bloquear R$ 730 milhões da empresa, a pedido de CPI da Assembleia Legislativa.

Um acordo entre o grupo, governo do Estado e deputados foi feito na tarde da última sexta-feira (20), na Governadoria. Participaram da reunião de emergência o governador Reinaldo Azambuja, membros da diretoria da JBS, além de representante estadual dos trabalhadores na indústria de alimentação e deputados.

Com o acordo entre as partes, não haverá mais a paralisação das unidades da empresa no Estado, que alegou insegurança jurídica após o bloqueio milionário. Em contrapartida, o Executivo garantiu tentar desbloquear os valores.

Isso evitará que cerca de 15 mil trabalhadores sejam demitidos e prejuízo a mais de 60 mil colaboradores indiretos. O abate de seis mil animais por dia também será mantido.