O juiz José Henrique Neiva, substituto da 2ª Vara Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos de Campo Grande, afirmou por meio da rede social Facebook, que deve anunciar na próxima segunda-feira (23), a decisão sobre o pedido de afastamento envolvendo os oito vereadores da Câmara Municipal de Campo Grande. Porém, ele avisou que já tomou a decisão.
Neiva afirmou que já decidiu o destino dos parlamentares e ainda informou que o processo é público e o colocou à disposição em seu gabinete para quem tiver o interesse poder examiná-lo com base na sua determinação.
Veja na íntegra o comentário
'Não é meu costume comentar a respeito de decisões por mim proferidas em redes sociais. Todavia, como o meu nome esta sendo mencionado tenho o dever de informar que já decidi essa questão hoje a tarde. O processo é público e na segunda-feira, quem tiver interesse pode examiná-lo bem como a minha decisão. Meu gabinete está de portas abertas para todos que quiserem maiores esclarecimentos', comentou.
Afastamento
O pedido de afastamento foi encaminhado ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul no último dia 18 de novembro, por meio do Ministério Público Estadual referente à Força-Tarefa. Nele, o MPE solicita o afastamento de Airton Saraiva (DEM), Carla Stephanini (PMDB), Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB), Chiquinho Telles (PSD), Flávio Cezar (PT do B), João Rocha (PSDB), Paulo Siufi (PMDB) e Vanderlei Cabeludo (PMDB) por suposto constrangimento durante as investigações da Força-Tarefa.
O grupo em questão teria tentado constranger a vereadora Luiza Ribeiro (PPS) após o vazamento de seu depoimento ao MPE e, por isso, representam riscos à investigação. Conforme o Ministério Público, provas evidentes do tratamento dispensado à parlamentar seria a investigação por quebra de decoro.
De acordo com o pedido, o objetivo é manter os parlamentares afastados por até 120 dias, sendo que eles ficariam proibidos de até mesmo entrar no prédio da Câmara Municipal. A Força-Tarefa utiliza documentos obtidos pela Operação Lama Asfáltica e Operação Coffee Break. O pedido foi protocolado na quarta-feira (18), e assinam o documento os promotores Thalys Franklyn, Fernando Zaupa, Cristiane Mourão Leal Santos, Tiago Di Giulio Freire e Fabio Ianni Goldfinger.