O vereador Marquinhos Trad (PDT) conseguiu, nesta terça-feira (29), direito de resposta em razão de falas da prefeita Adriane Lopes (Progressistas) em uma rádio de Campo Grande. A concessão foi feita porque a gestora – sem provas – acusou Marquinhos e Rose Modesto de contratarem manifestantes para prejudicar a gestão dela.
Na entrevista ao Programa ''Tribuna Livre'', da FM Capital, a prefeita garantiu que alguns dos manifestantes que bradavam contra ela, na noite de sábado (29), eram bandidos e estavam armados. O grupo de ativistas ficou chocado com a declaração, assim com Marquinhos, que classificou como levianas as acusações.
Conforme negociado pelo advogado do ex-prefeito, será reproduzida, nesta quarta-feira (3), uma gravação com a leitura da resposta por 2 minutos e dois segundos, mesmo tempo usado por Adriane para atacar o vereador.
Veja trechos do texto que Marquinhos gravou e será reproduzido no mesmo programa em que Adriane foi a entrevistada.
''Sobre o vereador Marcos Trad ter orquestrado e contratado 'bandidos armados' com objetivo de tumultuar evento da prefeitura.
''Isso é mentira, é acusação vazia, construída para fugir das responsabilidades dela que tem com a cidade e que não está dando conta de resolver. Todos viram que a manifestação foi espontânea, formada por cidadãs e cidadãos indignados com a falta de diálogo e resolutilidade dos problemas''.
Não houve nenhum complô, o que nós assistimos foi o povo se manifestando. Que é um direito constitucional. A prefeita também disse que nós contratamos bandidos armados que andam de ônibus e que por essa razão, a Guarda Municipal teria atuado com rigor.
''Isso também é mentira. Essa fala não é apenas irresponsável, é criminosa. Chamar cidadãos de bem, mães, pais e trabalhadores de bandidos, tipifica crime no código penal. A prefeita não mostrou uma foto sequer, um vídeo uma imagem sequer, que sustentasse que essas pessoas estivessem armadas. Não havia bandidos, havia cidadãos e cidadãs indignados com o desgoverno da cidade.
Além do que, a prefeita também afirmou que, Marcos Trad, não tem moral para falar em defesa de mulheres, porque ''todos conhecem a sua história''. O que ela chama de história, já foi tudo arquivado, sem sequer eu ter sido ouvido e julgado.
O Poder Judiciário reconheceu a montagem de uma armação com fins eleitorais. Diferentemente da prefeita, a Justiça não faz política. Faz análise técnica. E concluiu: não houve crime algum. A prefeita irá responder judicialmente por estes crimes, tanto na área cível quanto criminal.









