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Política

20/02/2014 11:00

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Músicos do movimento 'Música não é ruído' se reúnem na Câmara Municipal

'Música não é ruído'

Após muitas polêmicas e muitos shows interditados, artistas de Campo Grande se reuniram na manhã de hoje (20), na Câmara Municipal da Capital, para debaterem  propostas para complementar a Lei do Silêncio.

As principais propostas foram levadas pelo músico Raimundo Galvão, que sugeriu não uma mudança, mas sim que a complementação da lei. A primeira sugestão é de que seja colocado um tópico que diferencie ruído de música. “Tem que saber diferenciar o que é ruído e o que é música”, pontuou o músico.

A outra sugestão é de que a música seja conceituada na Lei, assim como o barulho. Galvão ainda propôs que seja melhor aplicada a fiscalização e medição dos decibéis. “O volume tem que ser medido dentro da casa de quem fizer a reclamação e não com o aparelho grudado na caixa de som”, critica Galvão.

A última proposta levada pelo músico foi de ser criada uma comissão cultural para avaliar as licenças ambientais. “Precisamos de gente que proponha cultura, que ajude a gerar cultura na nossa cidade. Campo Grande está perdendo muito, os músicos querem gravar seus DVDs aqui, mas não podem. Dessa forma, estamos gerando dinheiro em São Paulo”, explica Raimundo Galvão.

Segundo o diretor administrativo do Sindicato dos Músicos, Autores e Técnicos, Marcos Flávio Ayala, com a lei da forma que está, mais de 3.000 pessoas perderam emprego direta ou indiretamente.

Cássio Auge, vocalista do Samba 10, relata que com essa lei mais rígida, os shows do grupo diminuíram muito. "Antigamente fazíamos aproximadamente 22 shows por mês, hoje em dia conseguimos fazer no máximo 10", diz o músico.

" A lei prejudica quem está começando agora na música, porque o espaço fica muito restrito", finaliza o vocalista.

As sugestões relacionadas foram encaminhadas à Câmara Municipal através do vereador Eduardo Romero (PT do B). " Já está em mudança algumas alterações dos decibéis", disse o vereador.

Chamadas Policiais

Dados da Delegacia Especializada de Ordem Política e Social (Deops) apontam que, por mês, são registradas cerca de três mil ocorrências de perturbação do sossego, por meio do telefone 190, uma média de cem ligações por dia em Campo Grande. Mais de 95% destas chamadas é em decorrência de veículos automotores com som alto e máquinas de música em bares.

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