Senador Nelsinho Trad (PSD) recebeu, nesta quinta-feira (25), a visita de assessores de congressistas norte-americanos, em Brasília. Ele acredita que a aparente boa relação entre Lula e Trump pode ajudar a por fim ao tarifaço contra o Brasil.
Trad, além de presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado também preside a Comissão Temporária Externa Brasil-EUA. Os assessores visitantes são senadora democrata Jeanne Shaheen e ao senador republicano Pete Ricketts, além de diplomatas da Embaixada dos Estados Unidos em Brasília, Holly Kirking Loomis (ministra-conselheira política) e John Jacobs (chefe de política interna).
Contexto
O encontro, segundo a divulgação do senador, ocorre no momento em que os acenos entre Lula e Trump ganham destaque e há uma expectativa em relação ao tão aguardado diálogo entre presidentes. Mais do que simbolismo, o trabalho do senador Nelsinho Trad demonstra que o canal parlamentar desenvolvido pela missão suprapartidária já oferece frutos para a relação Brasil-EUA.
A comissão temporária, criada em julho, para reagir ao tarifaço de 50% imposto pelos EUA a produtos brasileiros, é composta por oito senadores de diferentes partidos e regiões. Foi relembrada a comitiva que foi aos EUA no final de agosto deste ano, para conversar com congressistas daquele país.
Trad observou que vários parlamentares dos EUA sinalizaram interesse em vir à COP 30, que ocorre em novembro, mas o contexto mudou as intenções. Isso, porquê, Trump e Lula tiveram uma aproximação durante a Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorque e é grande a possibilidade das tarifas serem reduzidas ou eliminadas.
Na reunião, segue o senador brasileiro, os americanos também pediram que a comitiva parlamentar brasileira retorne a Washington e avance no diálogo no contexto deste novo momento, para aprofundar trocas institucionais que possam evitar novos choques ou rupturas comerciais.
''O canal não foi aberto para gestos simbólicos. Serve para que os Executivos possam negociar, ouvir, propor soluções e garantir que decisões não sejam tomadas sem participação do Parlamento. Se preciso for, voltaremos a Washington para aprofundar nossa agenda, agora ouvindo mais congressistas'', avaliou Nelson Trad Filho.
