A senadora Soraya Thronicke (União Brasil) reforçou, nesta segunda-feira (27), que violência política de gênero dá cadeia, durante entrevista no programa Papo Reto, do TopMídiaNews.
Ela registrou boletim de ocorrência na sede da Polícia Federal contra um homem, que a xingou de piranh* durante entrevista ao vivo na rádio Capital 95 FM, no dia 17 de março. Além das palavras de baixo calão, o suspeito fez acusações contra a senadora e disse que ela estaria recebendo propina.
Esse ataque pode configurar violência política de gênero. Por isso, o Ministério Público Eleitoral, através do Grupo de Trabalho, encaminhou uma representação no dia 20 de março para serem apuradas as ofensas e quais providências poderão ser tomadas na esfera criminal.
A parlamentar afirma que a violência política de gênero é frequente contra as mulheres que participam da vida pública, mas que não deixará passar nada.
“Como eu fui exposta negativamente, naquele momento, foi doido. E por mais que seja negativo, é necessário voltar. As pessoas confundem xingamentos com discussão política. Não foi engraçado e não é porque somos pessoas públicas que devemos passar por isso. A pessoa tem que entender que ela pode ir para cadeia quando passar do limite da liberdade de expressão, e adentrar no código penal com calúnia, difamação, injúria e ofensa a minha honra.”
Hoje a violência política de gênero dá prisão de um a quatro anos e pode ser aumentada se for ao vivo ou pela internet, caso de Soraya.
Soraya Thronicke pede para que os veículos de comunicação reflitam sobre a necessidade de filtrar as mensagens antes de rodá-las no ar.
“É importante também que os veículos de comunicação consigam refletir na hora de filtrar as mensagens de WhatsApp, porque não foi uma ligação, foi áudio enviado e gravado por um ouvinte.”
A parlamentar afirma que ataques contra mulher na política serão combatidos em seu mandato.
“Você lidar com isso todos os dias e na eminência do trabalho estressa. Tem muita gente aí que está acreditando que é normal esse tipo de agressão. E isso não é normal.”







