A Agepen-MS (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário de Mato Grosso do Sul) informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que advogados e parlamentares podem entrar no presídio sem que para isso tenham autorização do órgão.

A informação tem a ver com a reportagem do TopMidiaNews, publicada na quinta-feira (26), noticiando que o ex-governador André Puccinelli recebe em torno de 15 visitas desde que encarcerado no Centro de Triagem Anizio de Lima, em Campo Grande, no dia 20, oito dias atrás. Já o preso comum recebe apenas uma visita por semana.

Puccinelli, o filho André Júnior e o advogado João Paulo Calves foram presos pela Polícia Federal a mando da Justiça Federal por lavagem de dinheiro.

Reportagem deste jornal, sustentada por uma fonte do regime penitenciário, informou que “todos os dias” aparecem lá para conversar com Puccinelli ao menos 15 pessoas, entre elas advogados e políticos. 

A assessoria informou que juízes, advogados e parlamentares, por regra, não podem ser impedidos de entrar em presídios pela chamada “prerrogativa do cargo para entrar nos presídios”.

A demanda da visita para Puccinelli tem sido tanta que servidores do Centro de Triagem já estariam até “torcendo” pelo mandado de soltura do ex-governador.

A Agepen informou ainda que parentes e amigos - não advogados ou não parlamentares - de Puccinelli, caso queiram vê-lo, seguem as normas iguais as das famílias do restante dos presos, ou seja, precisam fazer cadastro e enfrentar filas no domingo, data da visitação.

Puccinelli, o filho e o advogado, presos dia 20, já tiveram dois pedidos de soltura negados, um pelo TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região) e outro pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça). Neste sábado (28), advogados que os defendem preparam novo recurso, desta vez endereçado ao STF (Supremo Tribunal Federal).