Depois de ameaçar cortar salários dos professores convocados e acabar com as gratificações dos concursados, a prefeitura de Dourados decidiu chamar todos os profissionais da educação para se apresentarem nas escolas de origem na próxima segunda-feira (27). As informações são do site Dourados News.
A prefeitura justifica a convocação com a “necessidade de cumprimento de medidas legais”. Segundo a normativa, gestores de escolas e centros de educação infantil foram chamados “para orientar sobre as medidas de segurança dos servidores e também sobre os procedimentos que serão adotados ao retorno, sem alunos, do ano letivo de 2020”.
“Em função da suspensão das aulas na rede municipal, motivada pela pandemia do novo coronavírus, a Covid-19, a administração informou nesta quinta-feira que estão suspensas, enquanto durar a paralisação das atividades, as gratificações decorrentes do efetivo exercício das respectivas funções, ou seja, adicional de alfabetização, adicional de multisseriada, adicional noturno e adicional de difícil acesso”, detalha a prefeitura.
Apesar dos cortes, o município acrescenta que “não haverá prejuízo em relação a salário-base, tampouco alcance em incorporações que não estejam vinculadas ao efetivo exercício do trabalho”.
Vai e volta
Ontem (22), Comunicação Interna assinada pelo secretário municipal de Educação, Upiran Jorge Gonçalves da Silva, informou que o pagamento de professores convocados não seria efetuado a partir deste mês de abril. Depois da divulgação do caso pela imprensa, a prefeita Délia Razuk (PTB) divulgou dois vídeos nas redes sociais para ‘desmentir’ o documento.
Depois de publicar a primeira gravação dizendo que não havia nada definido sobre os cortes de salários, ela postou outro vídeo garantindo que achou uma solução. “Determinei que os estudos fossem ampliados para encontrarmos a solução. Dessa maneira, os educadores contratados retornarão a suas funções imediatamente em atividades na Secretaria de Educação. O período de paralisação será compensado nas férias. Com essas medidas poderemos manter os contratos sem haver comprometimento com a questão legal e os pagamentos mantidos”, disse.