O engenheiro e ex-ministro Rafael Greca (PMN) é o novo prefeito de Curitiba (PR). Greca administrou a cidade entre 1993 e 96 -- na época, filiado ao PDT -- e volta ao Palácio 29 de Março com apoio do governador Beto Richa (PSDB) e de outros sete partidos (PMN, PTN, PSB, PT do B, PSDC e DEM). O candidato já havia tentado voltar à prefeitura em 2012, quando concorreu pelo PMDB e caiu no primeiro turno.
No segundo turno, Greca venceu o deputado estadual e administrador de empresas Ney Leprevost (PSD), que surpreendeu e deixou de fora da disputa do segundo turno o atual prefeito e candidato à reeleição Gustavo Fruet (PDT).
Engenheiro e funcionário aposentado do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), Rafael Greca, 60, começou sua trajetória política em 1982, quando se elegeu vereador pelo PDS, partido criado com o fim do bipartidarismo, mas que apoiava o regime militar. Dali, rumou para o PDT, junto com o então prefeito Jaime Lerner, de quem seria eleito sucessor em 1992.
Com o bordão "Volta, Curitiba", Greca despontou como favorito já nas primeiras pesquisas realizadas após o início da campanha. Chegou a ser cotado para levar a disputa ainda no primeiro turno, mas uma desastrada declaração sobre "ter vomitado ao sentir cheiro de pobre" embolou a disputa. Ainda assim, venceu o primeiro turno em todos os bairros da cidade
Greca fustigou o adversário, um político de centro, por conta de sua aliança com o PC do B --o eleitor de Curitiba tradicionalmente rejeita políticos de esquerda. Também questionou a inexperiência do oponente, comparando-o a Fruet, que também só tinha mandatos legislativos antes de ser eleito prefeito, em 2012, e cuja gestão é mal avaliada pelos curitibanos. No último debate entre os candidatos, realizado nesta sexta-feira (28), porém, as agressões deram espaço às propostas de governo.