O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PP), se manifestou publicamente neste sábado (22) lamentando a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que ocorreu por determinação do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes. A prisão, que gerou repercussão em todo o país, foi realizada em Brasília.
Em sua fala, Riedel expressou solidariedade a Bolsonaro, destacando a idade avançada e as comorbidades do ex-presidente. "Lamento a prisão preventiva do ex-presidente Bolsonaro, a quem ofereço minha solidariedade - um homem de 70 anos com notórias comorbidades e necessidades de cuidados especiais na área da saúde", afirmou o governador.
Riedel, ao se posicionar, também enfatizou a necessidade de um ambiente mais estável e seguro para o Brasil. "Permanecem inúmeras dúvidas e questionamentos que aprofundam a polarização política, tão prejudicial ao país. O Brasil precisa de paz e segurança jurídica para enfrentar problemas reais e as demandas urgentes da população. Só assim o país pode alcançar o patamar de desenvolvimento que anseia o povo brasileiro", declarou.

Embasamento para prisão
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), usou como embasamento da decisão de mandar prender Jair Bolsonaro preventivamente, neste sábado (22/11), a violação da tornozeleira eletrônica que o ex-presidente da República usava em prisão domiciliar.
Segundo informações do Centro de Integração de Monitoração Integrada do Distrito Federal apresentadas ao STF, houve ocorrência de violação do equipamento de monitoramento eletrônico, à 0h08 deste sábado (22/11).
"A informação constata a intenção do condenado de romper a tornozeleira eletrônica para garantir êxito em sua fuga, facilitada pela confusão causada pela manifestação convocada por seu filho".
A manifestação citada por Moraes foi uma vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-SP) em frente ao Condomínio Solar de Brasília, no Jardim Botânico. Essa mobilização também motivou a Polícia Federal a solicitar a prisão preventiva de Jair Bolsonaro ao STF.
A corporação viu risco à ordem pública no ato e solicitou ao ministro Alexandre de Moraes que a prisão preventiva fosse efetuada. Segundo a PF, uma aglomeração colocaria em risco os agentes, os apoiadores do ex-presidente e o próprio Bolsonaro.
"A informação de Polícia Judiciária identificou que teria sido convocada para o dia 22 de novembro de 2025 uma vigília em prol de Jair Messias Bolsonaro nas proximidades da residência deste, na cidade de Brasília", diz trecho da decisão.









