A senadora Simone Tebet, do MDB, ajudou a apagar incêndio criado pelo ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, que ficou contrariado com a eleição de Ilan Goldfajn para o Banco Interamericano de Desenvolvimento, o BID. 

Conforme o Congresso em Foco, Mantega defendia o adiamento da eleição para 2023, quando Lula já estivesse no poder. No entanto, o Banco recusou adiar o pleito e a escolha de Ilan, que foi avalizada por Jair Bolsonaro, ocorreu no último domingo. 

Goldfajn recebeu 80% dos votos, na disputa contra quatro candidatos de outros países. No Senado, Tebet apresentou voto de aplauso e teceu diversos elogios ao novo gestor. “A sua eleição enche a todos nós, brasileiras e brasileiros, de muito orgulho”, disse Tebet na justificativa do requerimento.

Deputado petista, Paulo Teixeira, fez coro às declarações de Simone e também tentou controlar o mal-estar criado por Mantega. 

''Parabéns ao Ilan Goldfajn pela eleição para presidência do BID. O Brasil ganhará com a tua gestão'', escreveu o parlamentar do PT. 

Mantega, segue o Congresso em Foco, ficou pouco tempo na equipe de transição do Governo Lula. O mercado financeiro reagiu muito mal a uma possível nomeação dela na equipe econômica do novo governo e o responsabiliza pelo descontrole dos gastos públicos no governo Dilma Rousseff.   

O ex-ministro da Fazenda foi inabilitado pelo Tribunal de Contas da União, a exercer cargo em comissão ou função de confiança na administração pública federal por punição envolvendo o caso das pedaladas fiscais, ainda conforme o Congresso em Foco. 

O que é o BID 

O Banco foi criado em 1959, com o objetivo de financiar projetos de desenvolvimento econômico, social e institucional, além de promover a integração comercial entre os países da América Latina e Caribe, diz o site.