Mais uma vez a Nilcatex, fornecedora de uniformes escolares para a Rede Municipal de Ensino, fatura licitação milionária em Campo Grande. Dessa vez na gestão Adriane Lopes, que deveria ter ciência de dezenas de investigações contra a empresa Brasil afora. Uma das acusações pretéritas é de superfaturamento dos produtos.
Conforme publicado no Diário Oficial do Município nesta sexta-feira (5), a Nilcatex vai receber R$ 19.399.960,32. A ‘’confirmação’’ do contrato foi assinada pela própria prefeita.
Passado
O site do Governo Federal trouxe que a Nilcatex Têxtil e outras foram condenadas por formação de cartel em licitações públicas para fornecimento de vestimentas e kits escolares. A notícia é datada de 2021 e traz que as multas aplicadas a esses comércios somaram R$ 97,4 milhões.
A apuração e constatação foi feito pelo CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e apontou que:
''O Conselho entendeu que os envolvidos no cartel mantinham contato permanente com a finalidade de fixar preços e ajustar vantagens em licitações, de forma a dividir o mercado, inclusive por meio de subcontratações, e designar previamente os vencedores dos certames, causando prejuízo à livre concorrência e aos cofres públicos''.
A investida policial contra a Nilcatex e outras se tornou um dos grandes escândalos do poder público anos 2010. Houve apurações também no Amazonas, Roraima e Paraná.
Uma das investigações contra a Nilcatex ocorreram em Campo Grande, por superfaturamento no contrato, mas foi arquivada pelo MPE. Uma das várias polêmicas da empresa se deu no Rio Grande do Sul. Lá, vestimentas vieram com etiqueta ''Made in Paraguai'', que denota que as peças foram fabricadas no país vizinho e tiveram custo menor, deixando o contrato mais lucrativo.
A Nilcatex Têxtil, originária de Santa Catarina, mas que tem filial no Polo Industrial em Campo Grande, foi vencedora de dezenas de licitações públicas em prefeituras de Mato Grosso do Sul. Na Capital Campo Grande não foi diferente. A empresa se sagrou vencedora em diversas administrações.









