Por iniciativa da senadora Soraya Thronicke (PSL-MS), presidente da CRA (Comissão de Agricultura e Reforma Agrária) do Senado, o contrabando de agrotóxico será assunto a ser debatido numa audiência pública, em Brasília, com data ainda não definida.
A senadora sul-mato-grossense disse ter proposto a conferência depois da divulgação de um levantamento feito pelo Idesf (Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras), corporação que diagramou a ação das quadrilhas que praticam o crime.
De acordo com a pesquisa do Idesf, intitulada O Contrabando de Defensivos Agrícolas no Brasil, os contrabandistas trazem o agrotóxico do Paraguai e, aqui no país, negociam o produto 30% mais barato do que é cobrado pelos comerciantes brasileiros.
Ainda de acordo com o estudo, o agrotóxico trazido do território paraguaio é produzido com concentração de princípios ativos em até 600% a mais que o permitido pelas autoridades brasileiras.
Um dos focos da senadora na audiência é discutir de que maneira descobre-se quem compra o contrabando e o que fazer para conter esse mercado ilegal.