O ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Edson Fachin determinou a prisão do empresário Joesley Batista e do executivo Ricardo Saud. A prisão foi pedido pelo Procurador Geral da República Rodrigo Janot, que também havia pedido a prisão do ex-procurador da República Marcelo Miller, que não foi autorizada pelo STF.
A prisão foi pedida na última sexta-feira (8) após a justiça descobrir que o empresário dono da JBS e Saud omitiram informações de supostos crimes cometidos por eles quando negociaram a delação premiada com a Justiça.
O caso foi descoberto porque o empresário e o executivo gravaram sem saber uma conversa onde falavam sobre o assunto. Eles também citaram membros do Judiciário causando mais um estremecimento político no País.
Joesley foi responsável por gravar o presidente Michel Temer (PMDB) em uma conversa entregue a Procuradoria Geral da República e por “entregar” centenas de políticos, envolvendo inclusive dois ex-governadores e o governador de Mato Grosso do Sul.
Segundo Joesley o esquema de propina que hoje é delatado teria se iniciado no Estado com pagamento de propinas para manter regime de tributação diferenciado. Ele acusou o ex-governador Zeca do PT de ter começado a cobrar pelo benefício.
Na ocasião da delação o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) chamou o empresário Joesley de "bandido" e disse que a verdade apareceria.