Vereador Veterinário Francisco (União Brasil) foi o entrevistado do programa ''A Pauta é Livre'' do TopMídiaNews, nesta terça-feira (24), em Campo Grande. O parlamentar da área da saúde disse que a perda da regulação de urgências da gestão Adriane Lopes vai prejudicar a população da cidade.
''É uma grande perda para nós campo-grandenses para o Estado'', lamentou Francisco sobre a decisão da Comissão Intergestores Bipartite, a CIB, que selou a medida.
Em outro trecho, o parlamentar detalha que, quem vai perder com a medida é o munícipe, aquele que mais precisa de internação hospitalar.
''Isso é muito ruim, sem sombra de dúvida... é um passo atrás que nós estamos dando... tudo que conquistamos ao longo de 30, 40 anos, nós podemos perder em um ano'', desabafou o vereador.
Mais criticas
Outro vereador, Marquinhos Trad (PDT), também foi enfático ao criticar a prefeita Adriane Lopes pela concessão da regulação ao Estado. Ele destacou que o impacto negativo já pode ser observado nos hospitais da Capital, que estão com ocupação majoritariamente vinda de pacientes do interior.
"Antes era 70% campo-grandense e 30% do interior. Hoje está invertido. O Estado não quer mais cuidar da saúde no interior. Manda tudo pra cá."
Para Trad, essa decisão afeta diretamente a qualidade do atendimento para os moradores da Capital, e representa o abandono da autonomia municipal na gestão da saúde, um dos pilares do SUS. "Estão entregando tudo para o Estado. Tudo, tudo, tudo", criticou.
Como vai funcionar agora?
A CIB pactuou, em reunião realizada com representantes das secretarias de saúde de todos os municípios da Mato Grosso do Sul em 23 de maio, a criação da Central Única de Regulação da Urgência e Emergência para as macrorregiões de Campo Grande e Três Lagoas. A medida, coordenada pela SES (Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul), visa unificar duas estruturas regulatórias atualmente independentes.
A nova Central será responsável pela gestão do acesso aos leitos hospitalares do SUS destinados à urgência e emergência nas unidades públicas, contratadas ou conveniadas com o Estado.
A operacionalização será feita por meio do Core (Complexo Regulador Estadual), com exigência de atualização em tempo real do Mapa de Leitos por todas as unidades envolvidas.
Como será feita a implementação?
A implantação da Central Única será realizada em quatro etapas. Primeiro, será feito um diagnóstico situacional, com revisão dos fluxos, contratos e indicadores das duas centrais atuais. Em seguida, será planejada a integração, com unificação das estruturas físicas, reorganização das equipes, padronização dos fluxos regulatórios e integração dos sistemas de tecnologia da informação.
Na etapa de execução, ocorrerá a adequação do espaço físico, o treinamento das equipes e a implantação gradual dos novos fluxos com acompanhamento técnico. Por fim, o processo será monitorado continuamente, com análise de indicadores e reuniões periódicas para avaliação dos resultados.









