Pode parecer estranho, mas, quanto mais longe dos grandes centros é a localidade, mais rápida é a totalização dos resultados. Isso porque, quando o assunto é eleição, são nos locais mais remotos do país que a Justiça Eleitoral investe mais em tecnologia. Nesses lugares, os dados das urnas eletrônicas para a totalização dos votos são transmitidos via satélite. Sem o uso dessa tecnologia, a totalização dos resultados levaria dias para ser concluída.
Nas eleições de outubro, a tecnologia alcançará 1.267 localidades remotas de municípios de 16 estados (Acre, Amazonas, Amapá, Bahia, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rondônia, Roraima e Tocantins). Utilizada desde as eleições municipais de 2008, a transmissão via satélite é feita nas seções eleitorais instaladas em aldeias, terras e reservas indígenas, seringais, comunidades ribeirinhas, colônias, quilombos, assentamentos, zonas rurais e vilarejos isolados. Para se chegar a essas localidades, muitas vezes é necessário utilizar vários meios de transporte, tais como barco, voadeira, helicóptero, dentre outros.
Nessas localidades, no dia da eleição, os votos computados pela urna eletrônica serão enviados via satélite para o Tribunal Regional Eleitoral de cada estado. A partir daí os dados entrarão em uma rede de comunicação de uso restrito, não conectada à internet, e serão recebidos e totalizados. A Justiça Eleitoral então fará uma verificação dos dados e totalizará os resultados para então serem divulgados.
O estado com mais localidades que contarão com a transmissão de votos via satélite é o Amazonas, com 380 áreas. Na sequência, vem o Pará, com 337 localidades. Mato Grosso, com 90, Piauí, com 86, e Maranhão, com 90, aparecem em seguida. O estado com o menor número de regiões que contarão com a transmissão de dados via satélite é Pernambuco, com apenas duas.