Os profissionais da saúde de Campo Grande, que atuam nas farmácias públicas, vão realizar uma paralisação de advertência nesta segunda-feira (15) para pressionar a Prefeitura a negociar com a categoria. A mobilização é organizada pelo Sisem (Sindicato dos Funcionários e Servidores Municipais de Campo Grande).
Segundo um dos trabalhadores, que preferiu não se identificar, o objetivo do ato é garantir uma negociação direta com a prefeita Adriane Lopes, buscando o cumprimento de acordos já firmados com os servidores da saúde.
Entre as demandas da categoria está a redução da carga horária dos farmacêuticos da atenção primária de saúde, de 40 para 30 horas semanais, como já ocorre em UPAs, CRSs, CEMs e CAPS, que representam cerca de 60% da rede. A prefeitura já teria concordado com a medida, mas não cumpriu o acordo.
Além disso, buscam melhoria das condições de trabalho, diante da falta de medicamentos e materiais essenciais, situação considerada inédita pelos profissionais.
"Desde maio de 2025 a gestão vem negociando às 30h, coisa que ela já concordou há tempos, mas não cumpre e agora iremos parar", detalhou.
Atualmente, 37 farmácias ainda exigem que os farmacêuticos cumpram 40 horas semanais, enquanto o restante da rede já cumpre a jornada de 30 horas.
O sindicato informou que a paralisação ocorrerá durante todo o dia, mas destacou que há um plano para garantir atendimentos emergenciais e minimizar impactos à população.
O Sisem reforçou que o movimento busca pressionar o Executivo municipal a honrar os compromissos assumidos com os servidores da saúde e resolver o impasse nas negociações.
A reportagem procurou a prefeitura para falar sobre o assunto, mas até a publicação desta matéria não teve resposta. O espaço segue aberto para manifestações futuras.









