PREFEITURA MUNICIPAL DE AQUIDAUANA MAIO DE 2024
A+ A-

sábado, 04 de maio de 2024

Busca

sábado, 04 de maio de 2024

Link WhatsApp

Entre em nosso grupo

2

WhatsApp Top Mídia News
Vida nova

19/01/2024 11:00

A+ A-

Após sete anos de luta, Marina é a primeira paciente trasplantada de 2024 em Campo Grande

Emocionada, Marina afirma que tudo parece um sonho e que ainda tenta acreditar que a cirurgia realmente aconteceu

Marina Gilda Centurion, de 44 anos, é a primeira paciente trasplantada deste ano em Campo Grande. Ela realizou o transplante de rim nesta quinta-feira (11) na Santa Casa.

Visivelmente emocionada, Marina conta que luta contra a doença renal há sete anos. Ela é diabética, mas não tratava corretamente a doença, até que em 2017 precisou ser internada e descobriu que o rim não estava funcionando como deveria.

"Eu fiquei um mês internada na Santa Casa até o rim voltar a filtrar. Fiquei em tratamento conservador por dois anos, mas em julho de 2019 descobri que meus exames estavam alterados e que precisaria fazer hemodiálise. Isso aconteceu no dia do meu aniversário", revela.

O período coincidiu justamente com o início da pandemia, o que atrasou a entrada de Marina na fila de transplantes. Ela precisou realizar o tratamento por mais de quatro anos. 

Marina explica que o tratamento foi muito difícil e pesado de lidar. "Eu fazia hemodiálise de manhã, três vezes na semana, e no resto do dia não conseguia fazer mais nada, por fraqueza e enjôo. São três dias em que você não pode viver. É de casa para a clínica e da clínica para casa", conta.

Após o fim da pandemia, Marina finalmente conseguiu retornar os exames para entrar na fila dos transplantes. Em setembro ela entregou todos os resultados e em outubro foi colocada na fila de espera.

O que não esperava era que em menos de 90 dias já fosse chamada. "Me ligaram do hospital informando que conseguiram um rim para mim. Foi uma surpresa. Eu tinha acabado de chegar da hemodiálise quando recebi a notícia", revela bastante emocionada.

Marina conta que da ligação até a cirurgia foi tudo muito rápido. "Assim que recebi a ligação eu fui correndo para o hospital. Eu fiz a cirurgia com uma paciente de Ponta Porã, que também recebeu um rim, então esperaram ela chegar para realizarem a cirurgia".

Internada para recuperação, Marina conta que ainda não há previsão de alta, pois o pós-operatório exige maiores cuidados, mas se sente bem e ainda não acredita que a cirurgia realmente aconteceu. “Parece que estou sonhando. Continuo tentando acreditar, porque não parece real. Não imaginava que estaria aqui hoje”, declara.

A Coordenadora Médica do Serviço de Transplante da Santa Casa de Campo Grande, a doutora Rafaela Campanholo, expressou sua satisfação com o sucesso do procedimento. "O sentimento sempre é de gratidão, tanto pelas pessoas que receberam, como também para as pessoas que manifestaram o desejo de doar e oportunizaram esse momento. Começamos o ano com o pé direito, e nossa expectativa é aumentar os números, sem perder a qualidade no atendimento", afirma.

A Santa Casa é a única instituição hospitalar de Mato Grosso do Sul a oferecer o procedimento por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Conforme a médica, é preciso que a população se conscientize para que o número de transplantes aumente. “Muitas pessoas estão à espera de um órgão, e para poderem receber é preciso haver compatibilidade. Por isso, é preciso que as famílias sejam informadas sobre o desejo da pessoa em se tornar um doador de órgãos”, avisa.

Devido ao longo tratamento e a cirurgia, Marina pede ajuda para arcar com as necessidades básicas. Ela revela que não recebe benefício do governo e que precisa de ajuda financeira até conseguir se recuperar. Quem deseja ajudá-la, pode realizar um Pix para a chave: 67 99224-2690, em nome de Marina Gilda Centurion.

Loading

Carregando Comentários...

Veja também

Ver Mais notícias