A motoentregadora Tereza Garcia Benevides precisou interromper o tratamento contra uma sinusite crônica após descobrir que o antibiótico Ceftriaxona está em falta na rede pública de Campo Grande. A paciente, que também testou positivo para Covid-19, iniciou o tratamento no Hospital Regional, onde recebeu uma dose da medicação, mas não conseguiu continuar o uso do remédio após a alta.
“Quando fui ao Regional, a atendente disse que o hospital tinha o medicamento, mas só podia ser usado em pacientes internados. Me orientaram a procurar um posto de saúde para recomeçar outro tratamento, mas o antibiótico alternativo não posso usar porque sou alérgica à amoxicilina”, conta Tereza.
Após procurar atendimento no CRS (Centro Regional de Saúde) Aero Rancho e na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Leblon, a paciente foi informada de que a Ceftriaxona ainda não havia chegado às unidades.
A orientação dada pelos profissionais foi comprar o medicamento por conta própria, mas o custo é inviável. “Na farmácia, cada ampola custa mais de R$ 100, e a receita pede duas por dia. Eu teria que pagar R$ 200 por dia, impossível para mim”, desabafa.
Tereza afirma que uma das assistentes sociais que atendeu ela em uma das unidades reforçou que a situação deveria ser denunciada.
“Ela me disse que não era só eu que estava prejudicada e que o melhor seria colocar na mídia e acionar o Ministério Público”, detalha.
O TopMídiaNews procurou a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) para esclarecer o motivo da falta do antibiótico Ceftriaxona nas unidades e saber quando o medicamento deve ser reabastecido, mas até o fechamento desta matéria não houve retorno.









