Entre tantos produtos, armações ou óculos de grau e de sol são facilmente encontrados à venda, tanto comércio informal, quanto em centros de compras populares. Contudo, os riscos da aquisição deste produto em locais não credenciados, pode ser altamente arriscado à saúde.
O tema foi debatido durante sessão da Câmara Municipal, onde o representante Jurídico do Conselho Brasileiro de Ópticas e Optometria, Fábio Cunha, expôs a insatisfação dos empresários do segmento e cobrou maior rigidez na vigilância para estes casos, destacando os riscos à saúde. “ Trata-se de um caso de saúde pública. Óculos confeccionados sem o devido aviamento é extremamente perigoso. Essa confecção passa por questões como desde o fabrico da lente e armação até o ajuste adequado a cada pessoa. Em cumprimento à lei 218/2013 que trata do assunto, as óticas trabalham com técnicos e equipamentos adequados para tal finalidade”, afirmou Cunha.
O representante destacou ainda que o segmento defende a concorrência com isonomia, exigindo que todos os estabelecimentos cumpram à lei e atuem de acordo com as normas previstas.
Médico há mais de 30 anos em Campo Grande, o vereador Dr. Wilson Sami (MDB) expôs sua preocupação com a comercialização de óculos sem procedência. “ Este tema é de altíssima relevância, pois, influencia diretamente na saúde da população. Um exame de visão correto, pode diagnosticar outras doenças, como diabetes e hipertensão e para isso é necessário profissional qualificado, não apenas o médico, como quem vai confeccionar os óculos. As consequências são graves para o uso de lentes falsas e precisamos fiscalizar com rigor esse tipo de comércio”, enfatizou o vereador.
O subsecretário do Procon Municipal, Valdir Custódio, também participou do debate e destacou que ações serão realizadas a fim de solucionar o problema apresentado. “Fizemos o compromisso de chamar todos os evolvidos, Defensoria Pública, representantes do setor óptcico, Feira Central e Camelódromo. Cabe a nós do Procon estabelecer o equilíbrio em uma boa conversa para que todos mantenham seu direito de trabalhar. Cobramos a Vigilância Sanitária e já foram realizados 22 atos de fiscalização. Estamos cobrando que, cumprindo a lei, licencie ou não a atividade, mas fica o compromisso de conversarmos e equilibrarmos a situação”, finalizou Custódio.