Foi ali, na própria dor e experiências que a psicoterapeuta holística Jaqueline Lopes Milanezi encontrou a motivação para dedicar a vida a ajudar o próximo em busca do alívio, e até mesmo cura, da depressão. Mãe de duas filhas que passaram por graves episódios de depressão e até mesmo tentativas de suicídio, Jaqueline decidiu se aprofundar no estudo da psicoterapia para compreender e tratar a doença que abalou o núcleo familiar.
“Na época eu era cabeleireira, mas precisei parar de trabalhar para cuidar das duas, tive que ficar em casa, então fui atrás de me formar. Estudei sobre psicoterapia, o que me trouxe muito conhecimento para poder ajudar as minhas filhas. Hoje minha missão é ajudar pessoas que passaram pelo menos sofrimento”, relembra.
Tratamento
Ela explica que a psicoterapia vai além do acompanhamento médico ou psicológico tradicional. “O psiquiatra joga a boia para quem está afundando, o psicólogo ensina a segurar a boia, e o psicoterapeuta puxa a boia e ensina a nadar. Eu trato traumas, medos e tudo que pode desencadear a doença. Com minhas 72 técnicas, analiso cada paciente e escolho o melhor tratamento para aquele momento”.
Com base na análise realizada, a profissional busca trazer o paciente para a vida, auxiliando-o a superar traumas, medos e anseios. “Mostro para o paciente que ele é capaz de exercer qualquer função, se tratar e se curar. E também entender que o ser humano é capaz de tudo aquilo que ele quer conquistar na vida”.
Além disso, Jaqueline reforça que a psicoterapia não induz um paciente a interromper um tratamento medicamentoso. “Nunca incentivamos a parar medicação alguma. Eu ajudo o paciente a perder seus medos e, em conjunto com o tratamento psiquiátrico, ele poderá fazer um ‘desmame’ dos remédios. É um trabalho em conjunto. A psicoterapia irá tratar todo o bloqueio que um paciente tem, tudo o que pode desencadear as doenças psicológicas como depressão e síndrome do pânico, por exemplo”, explica.
Setembro Amarelo
Conforme dados da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), de janeiro a setembro de 2025, 80 adolescentes e jovens tiraram a própria vida em Mato Grosso do Sul. Além disso, o suícidio é a quarta principal causa de morte entre pessoas de 15 a 29 anos, segundo a ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria).
O dia 10 de setembro é reconhecido como o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. A campanha existe há 10 anos, mas na última terça-feira (9), foi oficializada, por meio da sanção da Lei 15.199. A norma estabeleceu a data de 17 de setembro como o Dia Nacional de Prevenção da Automutilação e, 10 de setembro, como o Dia Nacional da Prevenção ao Suícidio.
A campanha Setembro Amarelo deverá ser realizada anualmente no mês de setembro, em todo o território nacional, com ações que englobem a prevenção à automutilação e ao suicídio. Também serão destinadas atividades para a conscientização sobre a saúde mental.
“O Setembro Amarelo é de extrema importância, pois doenças psicossomáticas ainda são tratadas como tabu dentro de crenças limitantes que existem no mundo. Muitas pessoas não entendem a depressão corretamente e ainda a associam à falta de ânimo, preguiça, ansiedade ou falta de vontade de trabalhar. No entanto, são doenças que têm origem no psicológico, mas que também afetam o corpo, causando dores, perda de ânimo e alterações na alimentação, entre outros sintomas”, destaca Jaqueline.
Conhecida como Dra Sete7, ela utiliza das redes sociais com vídeos motivacionais e de incentivo. No dia 20 de setembro, das 18h às 22h, Jaqueline estará na Feira São Bento, na Praça República do Líbano, em Campo Grande, com realização de agendamentos para atendimentos online e gratuitos.









