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Saúde

há 1 hora

Profissionais denunciam cortes e falta de insumos no atendimento domiciliar de Campo Grande

Fisioterapeuta relata cancelamentos de visitas, atrasos de pagamento e encaminhamento irregular

Uma fisioterapeuta que atua no atendimento domiciliar em Campo Grande denunciou ao TopMídiaNews uma série de problemas envolvendo o serviço prestado pelo município, incluindo cancelamento de atendimentos, falta de insumos básicos, atrasos de pagamento a profissionais e possível direcionamento de pacientes a uma clínica ligada a um vereador. Segundo ela, pacientes acamados, idosos e crianças estão sendo gravemente prejudicados.

A médica fisioterapeuta responsável pela denúncia e que não quis se identificar, explica que os atendimentos domiciliares são realizados por clínicas que ganharam a licitação pela prefeitura. Em 2025, a prefeitura começou uma espécie de ‘pente-fino’, para identificar se esses pacientes precisavam realmente de atendimentos domiciliares. Mas, como a fisioterapeuta pontua, não há esclarecimentos sobre como essa equipe multidisciplinar é composta. 

“Vai uma equipe na casa do paciente, mas eles não sabem a formação desses profissionais, duvido que seja um neurologista ou alguém que estude e se aprofunde em cada caso. Não são preparados para uma avaliação. Isso é só uma forma de diminuir custos, pois uma pessoa que não tem cuidado adequado morre mais rápido, ela não tem a qualidade de vida exigida por lei”. 

Os casos atendidos a domicílio são de pacientes com doenças degenerativas, Alzheimer, acamados, acidentes automobilísticos e até mesmo crianças, custeados por lei pelo SUS (Sistema Único de Saúde), com base em laudo feito por médico. Mesmo que, em teoria, seja um direito, famílias ainda precisam entrar na justiça. 

“Não é tão simples para as famílias, ir la e pedir esses atendimentos”, disse a reportagem. A profissional ainda denuncia que atendimentos domiciliares estão sendo cancelados, para serem repassados a uma clínica particular, ligada a um vereador. 

“Os pacientes que estão entrando atualmente não estão conseguindo esses atendimentos, a prefeitura está negando, tentando levar para clínicas, uma delas de um vereador. Eu tenho uma paciente, por exemplo, que possui tetraplegia, ou seja, não possui os movimentos do pescoço para baixo. Como ela vai se deslocar para uma clínica, diariamente? A maioria dessas famílias são humildes. Já tem o laudo, já foi feita a visita, tem tudo. Por que essa paciente foi encaminhada para uma clínica de um vereador?”, questiona. 

Pagamentos

Outro ponto destacado pela fisioterapeuta à reportagem do TopMídiaNews é a falta de pagamento e repasse. “Essas empresas licitadas pela prefeitura pegam muito dinheiro e repassam pouco para os profissionais. Por exemplo, tem empresas que pagam R$ 30,00 por atendimento, tem empresas que pagam R$ 40,00 por atendimento. Então, assim, já é um valor muito pequeno para esse atendimento domiciliar, feito exclusivamente pelo profissional”, destaca. 

As próprias empresas também estariam com falta de pagamento, segundo ela. “Estão alegando falta de pagamento por parte da prefeitura. Os fisioterapeutas, fonoaudiologia, nutricionistas e médicos que fazem atendimento domiciliar estão sem receber, há meses. As justificativas dessas empresas são que a prefeitura não está fazendo repasse. O que acontece com isso? Os profissionais estão parando de atender e os pacientes estão ficando sem atendimento, sendo extremamente prejudicados por uma falta de gestora ruim”. 

Insumos

A falta de medicamentos, sentida em várias unidades de saúde de Campo Grande, também é sentida por pacientes domiciliares. Segundo a profissional, há meses que seus pacientes não pegam equipo (tubo flexível e estéril que conecta um recipiente de líquido intravenoso), medicação e outros insumos fundamentais, como fraldas, que, quando conseguem, são de qualidade inferior, e as famílias precisam adquirir novos produtos. 

“É algo que não funciona. Eles fazem uma licitação e para baixar os custos compram fraldas de péssima qualidade. Isso faz com que ele use mais do item, e automaticamente meu custo vai ser maior; quando eu for pedir o laudo, será com o pedido de mais fraldas, e dai mais dinheiro. 

“A prefeitura está fazendo a melhor escolha? Comprando esses produtos de baixa qualidade, oferecendo esse atendimento de baixa qualidade? Porque eu posso entrar na justiça e pedir um tratamento específico, entendeu? Eu posso entrar na justiça e pedir um profissional específico onde o custo vai ser muito maior. Onde eu posso pedir uma fralda específica e esse custo será muito maior. Será que está tendo uma boa gestão? Quais são as fraldas que estão sendo entregues? Qual a qualidade desse produto? Cadê os insumos básicos para passar uma dieta? Isso não está acontecendo”, indaga.

“Eu entendo que a gente está num caos na saúde, mas não é só na saúde dos postos de saúde. São das pessoas que estão em uma casa. São das pessoas que precisam e que necessitam de, no mínimo, ter uma qualidade de vida. No mínimo, ter um bom atendimento. E isso não está acontecendo no Campo Grande”. 

A profissional ainda pontua que a gestão da saúde de Campo Grande deveria ser mais assistida, já que a vice-prefeita Dra. Camilla Nascimento esteve anos a frente do IMPCG (Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande). 

“É preciso colocar o nome dela também. Porque olha a situação que está o IMPCG agora, descobriram um arrombo nos cofres do local que ela geriu. Ela é medica, é da área da saúde também, e olha como está a saúde, sendo uma das mais prejudicadas no momento. Cadê ela? Cadê a atuação da nossa vice-prefeita?”. 

A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Campo Grande para esclarecimentos, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria. O espaço segue aberto para futuras manifestações. 

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