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Saúde

há 2 semanas

Sem acesso a atendimento especializado, mãe luta com crises da filha de 10 anos em Campo Grande

Mãe sabe que filha precisa de ajuda urgente, mas espera há anos por atendimento psicológico e psiquiátrico pelo SUS

Há pelo menos cinco anos, Marina*, 33 anos, tenta conseguir um diagnóstico exato do que a filha, Larissa Helena*, de 10 anos, tem. A menina de Campo Grande apresenta, desde mais nova, comportamento agressivo, crises graves e descontrole psiquiátrico, mas sem conseguir passar por especialistas no SUS (Sistema Único de Saúde), a mãe sofre com o comportamento da filha.

Segundo a mãe, Larissa se descontrola com frequência, se bate, agride Marina, tenta fugir de casa e já chegou a dizer que quer morrer. Em um dos momentos mais difíceis, a mãe precisou trancar janelas e portas com cabos de vassoura para impedir que a filha saísse.

“Fico trancada no quarto com ela para não fugir. As crises pioraram nos últimos meses, ela não frequenta a escola. Nossa vida parou”, diz emocionada.

Marina conta que buscou atendimento na unidade de saúde do Botafogo, onde a menina realizou exames, como eletroencefalograma, mas nenhuma alteração ou transtorno foi identificado na época. Mesmo utilizando medicação controlada, o quadro não apresentou melhora ao longo dos anos e vem piorando.

“Eu sei que ela precisa de ajuda urgente, mas não consigo psicólogo nem psiquiatra para descobrir o que ela tem”, conta a mãe.

A família também procurou o CAPS (Centros de Atenção Psicossocial), mas não conseguiu evolução para tratamento do caso. Na Associação Vida Plena, a equipe sinalizou que poderia atender Larissa, porém o sistema da Secretaria Municipal de Saúde classifica a situação da criança como verde, ou seja, sem prioridade, impedindo o acesso ao serviço, de acordo com Marina.

Sem rede de apoio, sem conseguir trabalhar e com outra filha de 6 anos para cuidar, Marina vive exclusivamente para acompanhar Larissa. “Vivo o medo constante de novas crises, ela insiste em fugir durante os surtos, estou desesperada. Minha filha sofre, eu sofro, e não conseguimos atendimento. Não sei mais a quem recorrer”, desabafa.

Diante da demora e da falta de respostas da rede pública, Marina recorreu à Defensoria Pública, que tenta garantir o acesso a acompanhamento psicológico, psiquiátrico e institucional adequado ao caso.

A reportagem entrou em contato com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande) sobre a espera para consultas em psicologia e psiquiatria infantil, e aguarda retorno.

* Nomes fictícios para preservar a identidade da criança

 

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