A dona de casa Handressa Rômulo, de 35 anos, gestante de oito meses e com diabetes, denuncia a falta de insumos básicos para o controle da doença no CEM (Centro de Especialidades Médicas). Segundo ela, há meses estão em falta fitas para medir glicose, aparelhos de medição e até insulina, prejudicando o acompanhamento de pacientes que dependem do SUS.
"Sou gestante e diabética e preciso usar o aparelho do SUS, mas não está tendo a fita para medir. Toda vez que vou no CEM nunca tem", relatou.
Ela explica que precisa medir a glicose entre seis e sete vezes ao dia e aplicar insulina quatro vezes. No entanto, foi informada na unidade que os equipamentos estão sendo trocados, mas sem previsão de chegada do novo modelo nem reposição das fitas do sistema antigo.
"Ontem fui lá e me falaram que não tem nem previsão de chegada porque eles estão trocando de aparelho, e nem o novo aparelho eles sabem quando vai chegar", afirma.
Preocupada com a própria saúde e a do bebê, Handressa diz que teve que recorrer a uma rifa virtual para comprar um novo aparelho, já que não consegue arcar com os custos. O alto custo das fitas também impactam no orçamento da família.
"Para comprar um negocinho desse de medir, que vem com 50 fitas, é R$ 90, e nem sempre são todos que têm para poder comprar. Eu mesma tive que fazer uma vaquinha virtual para poder comprar um aparelho novo", lamenta.
Handressa é mãe de cinco filhos e está com 33 semanas e 5 dias de gestação. A gravidez é considerada de alto risco, e ela afirma que a ausência do suporte básico coloca em risco a vida de muitas pessoas.
"Não é só eu que sou gestante que estou precisando, mas os idosos que precisam do SUS também. Aí fica mais difícil. Tenho gastos, não consigo comprar agora", desabafa.
A Secretaria Municipal de Saúde informa que aguarda para os próximos dias a entrega do material por parte do fornecedor, para normalização do fornecimento.
O espaço está aberto para manifestação da Prefeitura de Maracaju.









