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Saúde

há 2 semanas

Vereadores cobram respostas da Sesau e defendem abertura de CPI após reunião 'esvaziada' (vídeo)

Mais uma vez, a secretária Márcia Cama não compareceu à reunião com os vereadores

Na manhã desta terça-feira (18), a Comissão Permanente de Saúde da Câmara Municipal reuniu-se com o Comitê Gestor da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) para receber informações sobre os primeiros meses de atuação do grupo responsável pela gestão da saúde pública da Capital. O encontro, porém, gerou forte insatisfação entre os vereadores presentes, que afirmaram ter recebido explicações vagas, inconsistentes e sem apresentar soluções efetivas para a crise no setor.

A vereadora Luiza Ribeiro (PT) foi uma das vozes mais contundentes durante a reunião. Para ela, o Comitê Gestor sequer deveria existir da forma como foi criado. "O Comitê Gestor, primeiro, não tem legalidade. Nós estamos suportando, numa área tão grave como a saúde, uma estrutura administrativa inventada pela prefeita e que não tem base legal", afirmou.

Luiza explicou que já apresentou um Projeto de Decreto Legislativo (PDL) para sustar o decreto que instituiu o comitê, por considerar que o modelo atual opera "numa ilegalidade" dentro da secretaria que mais consome recursos em Campo Grande.

A vereadora também criticou as justificativas apresentadas pelo Comitê sobre o risco de interrupção no fornecimento de medicamentos no fim do ano. "Vou usar um termo que parece chulo, mas é quase uma conversa infantilizada. Gente, isso não existe mais em lugar nenhum do mundo. Ninguém fica sem abastecimento porque as indústrias param no final do ano."

Para ela, o discurso do comitê evita assumir responsabilidades reais e revela despreparo. "É lamentável ouvir um comitê formado de gente competente, mas que não tem nenhuma informação concreta a dar para os vereadores, quanto mais para a sociedade."

Diante disso, Luiza reforçou a necessidade de uma CPI da Saúde. "A sociedade às vezes diz: 'Luisa, CPI não serve para nada'. Serve, sim. Serve para evidenciar problemas, identificar responsabilidades. Solução? Nenhuma solução. Nada à vista para as próximas semanas."

O vereador Jean (PT) classificou a reunião como um retrato da má gestão da saúde municipal e disse que saiu ainda mais convicto da importância de uma CPI.

"Se antes eu não tinha nenhuma dúvida de que precisava fazer essa CPI, hoje eu tenho mais certeza, depois dessa reunião, que mostrou o desastre da gestão da saúde de Campo Grande."

Jean criticou a ausência da secretária Márcia Cama na reunião. O parlamentar destacou que a CPI já tem seis assinaturas e acredita que o número deve crescer após o encontro desta terça.

Sobre o conteúdo da investigação, ele mencionou os principais pontos que deverão compor os fatos determinados. "A mudança da rubrica para pagamento de pessoal com o Fundo Municipal de Saúde; o pagamento ao Consórcio Guaicurus com recursos do Fundo; a inconsistência orçamentária da LOA; ambulâncias paradas; falta de remédio; o calote na Santa Casa; e a necessidade de auditoria séria no contrato da Santa Casa."

Jean afirmou que a CPI deve começar no início de 2026, devido ao fim do ano legislativo e à necessidade de estrutura técnica da Casa.

Já o vereador Dr. Jamal (MDB) comentou temas relacionados ao posicionamento político do MDB, evitando entrar no mérito técnico da CPI. Ele afirmou que, pessoalmente, apoia a prefeita, mas que a decisão do partido ainda será discutida. "Eu não posso falar em nome do MDB porque não tivemos reunião, mas minha opinião pessoal é que ela tem todo o meu apoio."

Segundo Jamal, a sigla deve debater internamente sua postura nas próximas semanas.

Reunião reforça crise e pressiona Câmara por investigação

Ao final, a reunião deixou clara a insatisfação dos vereadores com a condução da saúde pública da Capital e fortaleceu o movimento pela instalação da CPI da Saúde, que deve ser formalizada no início do próximo ano legislativo.

A Comissão Permanente de Saúde deve solicitar novas informações à Sesau e cobrar explicações mais consistentes antes do recesso da Câmara.

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