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Campo Grande

09/01/2019 07:00

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TERROR EM HOSPITAL: mulheres relatam abusos e violência com grávidas de Campo Grande

Momento de amor se transforma em dor e até brutalidade em MS

A hora do parto é considerada uma das mais importantes para muitas mulheres, no entanto, esse momento não tem sido fácil para muitas gestantes. Isso devido ao crescente número de violência obstétrica, ou seja, passar por situações de desconforto e brutalidade na hora da realização de alguns procedimentos.

Em um grupo nas redes sociais intitulado “Aonde Não ir em Campo Grande”, várias mulheres têm aproveitado o espaço para desabafar por situações passadas no Hospital Regional de Campo Grande.

Um dos relatos diz o seguinte: “Numa capital, num hospital gigante, a mulher ter que sofrer muita dor no trabalho de parto, porque as "medicas" acham que elas devem passar por isso porque é "normal"..... NÃO SÃO MÉDICAS. NÃO SÃO ENFERMEIRAS! HOSPITAL REGIONAL na madrugada do dia 31,minha irmã deu entrada na maternidade deste hospital com a bolsa rompida, ficou em "observação" até o meio da tarde ,quando uma "médica" resolveu dar um remédio que induz o parto, pois minha irmã não tinha dilatação, o que a medica não levou em conta foi o prontuário da paciente onde constava uso de remédios controlados devido a crises de ansiedade, e o relato da mesma de que em nossa família normalmente as mulheres não tem dilatação total para o parto normal. Assim depois de quase 12hr depois, enfiando remédio para induzir, ela começou a entrar em trabalho de parto, com contrações fortíssimas de 3 em 3 mim, sofrendo muito com dor, e as médicas e enfermeiras grossas, dizendo a ela se queria ter filho era assim mesmo, que primeiro filho a mulher sofre, etc.”, desabafa em tom de indignação.

O depoimento consta que o parto foi realizado 30 horas depois, após conseguiram a autorização para a cesárea, e que o bebê poderia ter morrido. A mulher informa também que a família irá procurar o conselho nacional de saúde.

Nos comentários outra mulher comenta que também ficou internada no local e que a equipe médica a chamou de mentirosa.

“Internei lá com contrações, e eles faltaram me chama de mentirosa. Falaram que o que eu tinha não eram contrações. Minha família tem histórico de não conseguir dilatação para parto normal, mas eles não levaram em conta. Me mandaram embora no outro dia de madrugada minha bolsa rompeu e a água estava verde, ou seja minha bebê entro em sofrimento depois de 4 dias. Cheguei lá o médico estava indo embora teve que fica pra fazer minha cesárea e ainda falo que eu não podia ter mais filhos porque  não aguentava a dor (isso porque sofri violência obstétrica lá dentro com ele). Infelizmente pra eles somos mais uma parindo”, comenta.

Violência obstétrica no País

No Brasil, dados mostram que 25% das mulheres apesar não de muitas vezes não estar familiarizada com o assunto, já sofreu este tipo de violência.

A Organização Mundial da Saúde fez uma lista de violência no parto para que sejam identificados e combatidos nos hospitais e maternidades do mundo. São eles: abuso físico, abuso sexual, preconceito, discriminação, não cumprimento dos padrões profissionais de cuidado, mau relacionamento entre as gestantes e os profissionais, condições ruins do sistema de saúde.

Uma boa alternativa para evitar que isso ocorra é a presença de acompanhantes, assegurada pela Lei 11.108, que existe desde 2005. 

O outro lado

Nossa equipe entrou em contato com a assessoria de imprensa do local para verificação e posicionamento sobre os acontecimentos, mas até o fechamento desta matéria não teve retorno.

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