12 ex-alunos da turma de 1994 da Escola Joaquim Murtinho, em Campo Grande, reviveram os melhores momentos da infância e adolescência vividos em sala de aula. As bagunças, paqueras e amizades vieram à tona e emocionaram o grupo que passou por esse ‘túnel do tempo’.

Este é o sétimo encontro da turma, porém mais especial por ser o primeiro na escola, palco de todas as histórias do grupo. 

A maioria deles se conheceu no 1º ano do ensino fundamental (chamado de primário), no tempo em que ainda se cantava o hino do Estado e o nacional no pátio. 

Cada canto da escola foi revisitado, mas o momento de maior emoção, sem dúvida, foi a entrada nas salas de aulas. Tudo era especial e observado. Desde o quadro que não é mais o verde até as mesas em outra posição. Foi um momento de êxtase e todo mundo falava ao mesmo tempo.

Ex-alunos recordam dos bons tempos vividos no Joaquim Murtinho. (Foto: Divulgação)

Alessandro Gonzales, 31 anos, era o número 1 da chamada e também tido como o ‘CDF’ da sala. Os colegas dele lembraram dos trabalhos apresentados e das feiras de ciências do colégio. Charles, Everton e Linderval eram os alunos que mais agitavam à época, conforme o grupo. Charles, brincam os colegas, ficou marcado por ir de ‘samba canção’ ao colégio. 

A diversão mais lembrada dos meninos era o jogo de bafo, onde o passe do estudante de papel substituía a figurinha. Também tinha o futebol no corredor, onde a bola era uma latinha de refrigerante. 

Grupo se emociona ao entrar novamente nas salas de aula. (Foto: Wesley Ortiz)

Patrícia de Oliveira relembrou o local onde ficava a ‘cadeira do amor’ nas festas juninas. Outras se recordaram das paqueras. Alguns detalhes não foram ditos por eles, já que muitos hoje são comprometidos. Mas uma deixou escapar: ‘’Derrubei quatro corpinhos aqui nesse canto’’.

Os ex-alunos fizeram questão de revisitar a lanchonete da escola. Depois de 13 anos sem voltar ao colégio, Yvylene Lima, 30 anos, lembrou que esse era o lugar mais desejado do Joaquim Murtinho. 

‘’Vamos tirar uma foto aqui, onde a gente sempre quis comprar salgado e nunca tinha dinheiro’’, brincou. Havia também a merenda escolar, que alguns tinham vergonha de comer na frente dos outros e buscavam o fundo do colégio para fazer a refeição. Até foto no banheiro rolou, para lembrar das histórias da mulher do algodão e da loira do banheiro. 

Cantina era o lugar mais desejado da escola. (Foto: Wesley Ortiz)

Quem acompanhou a visita do grupo e estimula encontros como esse foi Cláudio Morinigo Ribeiro, atual diretor da escola, e que também foi professor de história da turma. 

‘’Nós ficamos felizes com a união desse grupo, pois a escola tem influência no sucesso deles. Alguns têm vontade até de matricular os filhos aqui’’. Ele destacou que cada época tem suas características, mas que esse grupo tem em comum  o fato de serem alegres e valorizarem a amizade. 

No tempo em que não havia telefone celular nem internet móvel, o ponto de encontro era a quadra do colégio. Samuel Felisberto e os colegas concordam que aquela época foi mágica e bem melhor que a atual. 

‘’A gente gastava o tempo conversando porque não tinha celular. A interação era maior, hoje é virtual. O respeito era muito maior, ninguém batia no professor’’, destacou. 

Yvylene conta que o grupo no Whatsapp surgiu após uma foto da épouca que ela postou. Ela diz que os encontros vão continuar e busca por outros colegas que estudaram juntos e assim tornar as reuniões mais movimentadas.