Seguindo modelos europeus de laboratórios abertos e ambientes coloridos, o primeiro projeto colaborativo do país dá asas para quem pretende voar no empreendedorismo. Criado em junho de 2016, o Living Lab é a porta de entrada para o desenvolvimento de ideias inovadoras e de startups em Mato Grosso do Sul.
Formado por um time especialista em desenvolvimento e criação, o projeto é totalmente gratuito e aberto para a comunidade em geral. Munido de ideias inovadoras, o empreendedor tem no Living Lab o estímulo necessário para decolar no mercado de trabalho e colocar em prática o que, muitas vezes, ficaria apenas no papel.
A pessoa entra com o conceito, o time desenvolve a ideia através de mentorias e promove conexões entre os colaboradores com o intuito de fomentar o sistema de inovação e empreendedorismo do Estado.
O projeto é sustentado por uma tríade entre Universidades, iniciativa privada e iniciativa pública.
Ana Lina Farias, do planejamento e marketing, explica que o ambiente faz a conexão entre empreendedores e investidores para que o propósito vire um negócio repetível e escalável. Além do programa de aceleração, o Living Lab também promove eventos abertos para a comunidade sempre com o foco em inovação e startups. Atualmente, cerca de 17 startups são acompanhadas no ambiente desde a fase inicial do negócio até a fase de escalonamento com estudo de abrangência e aplicação no mercado.
Para se desenvolver com esse time de vencedores, os interessados devem fazer a inscrição gratuita no Programa de Aceleração Five Weeks, que atualmente está na 3ª edição. O candidato cadastra a ideia e passa por uma avaliação dos colaboradores do laboratório. A única forma de se tornar um residente com a ideia embrionária é passar pelos critérios de perfil empreendedor, disponibilidade de tempo para trabalhar no conceito e teor de inovação.
Greicy Rodrigues, mentora no desenvolvimento de novas ideias, conta que, após a avaliação, 15 startups são selecionadas e entram no programa com o objetivo de alcançar o Produto Mínimo Viável no final das cinco semanas. A empresa passa por mentorias e workshops de validação de problemas, modelos de negócio e realizam uma apresentação final, chamada de pitch. Com um viés mais tecnológico e ao conseguir validar a ideia, os participantes seguem para a segunda etapa, com cerca de seis meses, onde aproveitam a parte financeira e estudam a sociedade no Programa Early Stage.
Paralelo a isso, o local também é utilizado por escolas de todo o estado para visitação como objeto de estudo. Os alunos passam por conexões de conversas com as startups residentes e acabam dando o “start” em qualquer ideia que possam ter no futuro.
A mentora ainda relata que estimula os colaboradores a trocar ideias e estreitar o laço entre si.
“Aqui, o colaborar está acima do individual.”