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Saúde

31/03/2017 13:50

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Na mira da Câmara, Santa Casa terá que explicar gestão de recursos no hospital

Santa Casa alega que defasagem chega a R$ 3,5 milhões

Alvo na Câmara Municipal, a Santa Casa terá que explicar aos vereadores, como é feita a destinação e utilização dos recursos encaminhados para o Hospital. O requerimento foi proposto pelo vereador delegado Wellington de Oliveira, do PSDB, que conseguiu reunir 26 votos, dos 29 parlamentares, obtendo a aprovação. 

No requerimento, o parlamentar ainda solicitou, cópia do contrato do município com o hospital, solicitando os valores repassados contratualmente e de forma adicional por Campo Grande e pelo Governo do Estado. Solicitou ainda, quais são as metas de baixa e alta complexidade pelo contrato e quais efetivamente, foram realizadas nos últimos 12 meses. 

Durante a sessão realizada nesta quinta-feira (30), o tucano afirmou que a população anda indignada com o atendimento. “Quando levantamos a questão da Santa Casa, não queremos saber se o pato é macho, queremos ovo, ou seja, solução. Isso quer dizer que o cidadão quando chega lá, ele quer ser atendido e pronto”.

Wellington ainda destacou que a Santa Casa de Campo Grande é um hospital referência no Estado, uma vez que em Mato Grosso do Sul não existe outro mais completo, sendo assim o cidadão busca diretamente o atendimento na unidade, sem passar pelo Posto de Saúde. “Nós precisamos saber onde está esse dinheiro, como também levantar as questões dos atendimentos: quantos são realizados pelo SUS, qual é a demanda de Campo Grande, enfim, fiscalizar o dinheiro investido”.

Na Câmara, o delegado chegou até a ventilar uma CPI na Santa Casa. A proposta veio logo depois, que o vereador Valdir Gomes, do PP, reclamou do atendimento e disse que ficou por mais de 4 horas a espera de um atendimento. O parlamentar estava acompanhando uma pessoa, que segundo o Hospital, conhecia o parlamentar. 

A assessoria de imprensa afirmou que o paciente havia se acidentado um dia antes, foi atendido na hora asism que deu entrada no Hospital. "Houve deslocamento de clavícula e o rapaz foi engessado e liberado com medicação. Porém, em casa, retirou a proteção e ficou apenas com a tala. Deste modo, voltou a sentir dor e retornou à Santa Casa".

E continuou, "neste caso, como já havia sido feito o atendimento e ele não corria risco de morte, foi classificado como urgência média - amarela. E antes, ele já havia sido encaminhado para continuar o atendimento no CEM. Mas aqui não houve demora e foi atendido pelo médico novamente", explicou a assessoria.   

Outro lado 
Segundo a assessoria de imprensa da Santa Casa, pelo contrato firmado desde 2014, foram repassados ao hospital até o ano de 2016, R$ 242 milhões para o custeio. Orçamento previsto para este ano é de R$ 1,2 bilhões. A assessoria afirma que o município possui gestão plena, repassa mensalmente, R$ 20,3 milhões para o custeio do hospital. 

Assessoria lembra que, como o contrato é de 2014, os valores se mantiveram nos mesmos parâmetros e com isso há um déficit de R$ 3,5 milhões. "Insumos, material hospitalar e medicamentos foram corrigidos, porém, a correção contratual não acompanhou o mesmo ritmo dos reajustes". 

Conforme levantamento feito pelo Hospital, a Santa Casa hoje é responsável por 56% das cirurgias realizadas em Campo Grande, destas, 3,4 mil são de alta complexidade. A nível estadual, a unidade hospitalar é responsável por 39% das cirurgias. "O que leva a Santa Casa a atender entre 40 a 50% do SUS", pontua. 

A assessoria lembra que o próprio secretário de Saúde do Estado, Nelson Tavares, já havia mencionado que o município estaria mal distribuindo os repasses para a saúde em Campo Grande. "Um exemplo, enquanto a Santa Casa recebe R$ 20,3 milhões, com a realização de cirurgias de alta complexidade, o Hospital Regional recebe bem mais. Cerca de R$ 25 milhões, contando com a folha de pagamento que ultrapassa R$ 30 milhões. Isso porque nós temos maior resolutividade com baixo custo". 

Outro ponto que a assessoria lembra que há recursos, inclusive ações transitada e julgada ganha, que até agora não foi repassada pela prefeitura. "Há recurso do Trauma 3, por exemplo, que o Ministério da Saúde repassou referente a alta complexidade. O valor é um pouco mais de R$ 300 mil, mas desde outubro não foi repassado pela prefeitura. Há alegação da prefeitura que não tem convênio, porém, esse mesmo contrato foi renovado por 90 dias, portanto, é vigente, e até não chegou". 

Por fim, há outro problema, considerando que o Hospital do Trauma deve ficar pronto em junho deste ano. A assessoria lembra para equipar a unidade, o presidente da Santa Casa segue conversando em Brasília (DF) para equipá-lo. E que há orçamento, porém, o custeio, que é exclusivo da prefeitura, "até agora não houve manifestação". 

A Santa Casa, pede um reajuste de 2% dos repasses encaminhados para a Saúde, os repasses giram em torno de 22%, se somados o que é pedido, totalizaria 24%, cobrindo os R$ 3,5 milhões de déficit que o hospital amarga. 

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