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07/11/2022 07:00

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Com leucemia, jovem mãe precisa de doações de sangue de todos os tipos

Tallita está internada há duas semanas e já precisou de oito transfusões

A jovem Tallita Knebel tem apenas 27 anos, mas já enfrenta uma batalha gigante pela própria vida: há cerca de duas semanas, descobriu que está com leucemia do tipo LLA (leucemia linfoblástica aguda), que afeta o sistema imunológico. Além disso, ela está internada no Hospital Regional Rosa Pedrossian, em Campo Grande, desde o último dia 14 de outubro e, de lá para cá, precisou de oito bolsas de sangue e algumas de plaquetas, pois seu organismo não as está produzindo adequadamente. 

Por isso, Tallita, que tem o tipo sanguíneo AB+ (é receptora universal), e sua família têm pedido, nas redes sociais, ajuda para doação de sangue, pois o banco de sangue da Capital, infelizmente e - mais uma vez - está com baixo volume de doações. "Infelizmente, o banco está com baixo volume, e eu estou fazendo transfusão sempre. Não somente eu preciso, vários outros pacientes aqui fazem transfusões quase diárias", explica a jovem. 

Ela ainda comenta que não tem uma data estipulada para receber doações. "Não tenho data-limite [para as doações], pois nem previsão de alta eu tenho. Passei pelo primeiro ciclo de quimioterapia agora e estou me recuperando para poder, talvez, ter alta e esperar o próximo ciclo [em casa]. Pacientes com leucemia sempre precisam de plaquetas e hemácias, pois nossos exames descompensam muito rápido. Meu tipo é AB+, sou receptora universal, então, qualquer pessoa pode doar", explica a jovem. 

Tallita conta ao TopMídiaNews que é Técnica de Enfermagem por formação, mas não estava atuando na área devido a outros problemas de saúde, e acabou indo para outro ramo. "Eu acabei indo para as mídias sociais, estava trabalhando em uma loja de decoração de luxo, chamado Passado e Presente Interiores, e eu tinha uma vida super normal: mãe solteira, trabalhava o dia inteiro, nada de extraordinário, era bem tranquilo mesmo", relembra.

Tallita descobriu doença há pouco mais de duas semanas e vem lutando para voltar para a filhaA jovem afirma que tinha uma vida "super normal" antes da doença (Foto: Arquivo pessoal)

Descobrindo a doença

Tallita é cuiabana e mora em Campo Grande há quase 12 anos. É separada, tem uma filha de oito anos de idade, e mora com a família: pais, avó e irmãs. Ela conta que descobriu a doença "por brincadeira". "Eu só descobri a leucemia, na verdade, porque num fim de semana, brincando em casa, uma amiga minha, que é enfermeira, viu hematomas na minha perna e a gente fez o chamado teste do laço, porque eu achava que era dengue. Fizemos esse teste e deu 'meio que' positivo, então sugeria que seria alguma coisa com dengue. Só que no momento eu não fui procurar atendimento médico, não estava me sentindo mal, nem nada assim, só tinha os hematomas nas pernas". 

Tallita descobriu doença há pouco mais de duas semanas e vem lutando para voltar para a filhaTallita, já internada, com a filha (Foto: Arquivo pessoal)

Isso foi num sábado e, passado o fim  de semana, veio a "semana do saco cheio", que geralmente compreende os feriados de 11 e 12 de outubro (Divisão do Estado e Dia da Padroeira do Brasil). "Na terça-feira eu já não conseguia sair da cama, comecei a ficar muito mal, na quarta-feira também não saí da cama. Na quinta-feira eu tinha prova do Detran, de carro, e fui fazê-la passando mal. Ao final da prova eu desmaiei e meu instrutor me levou ao posto de saúde."

Como ela mora a apenas dois quarteirões da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Vila Almeida, a médica a orientou a ir para casa e retornar no dia seguinte para ver o resultado dos exames. "Eu fui trabalhar na sexta-feira, depois, e a minha chefe me mandou ir embora, e eu fui para a UPA e expliquei que tinha feito exames no dia anterior e que precisava pegar os resultados. A enfermeira me chamou para a triagem e, ao ver os resultados dos meus exames, ela já falou 'vê o que você vai fazer, porque a médica já falou que você vai internar'. Meus pais não estavam em Campo Grande, eu liguei para o meu pai e falei que seria internada, que não sabia o que estava acontecendo e que suspeitava de dengue, mas ainda não tinha certeza". 

Os pais de Tallita retornaram na madrugada de sexta-feira para sábado e, nesse mesmo dia, ela recebeu a notícia de que não era dengue e que seriam feitos vários exames para descobrir o que a jovem tinha. "Fiz exames para várias coisas, acho que em menos de sete dias veio a confirmação de que era leucemia, numa segunda-feira. Na terça-feira eu já comecei a tratar".

Tallita descobriu doença há pouco mais de duas semanas e vem lutando para voltar para a filhaTallita já em tratamento contra a leucemia (Foto: Arquivo pessoal)

As únicas coisas que a gente foi parar para pensar e analisar, que eu sentia diferente, era muita dor na perna, muita dor de cabeça, só que eu sempre associei ao fato de eu nunca fazer exercício físico. Eu saía de manhã, voltava de noite, tinha minha filha, tinha uma rotina, então eu sempre associei ao sedentarismo e eu precisava fazer alguma coisa para mudar aquilo. Tanto é que eu já havia conversado com um amigo meu, que é personal trainer, para a gente começar um treinamento para mim". 

Sinceramente, quando a médica perguntou se existia suspeitas de câncer na família, eu já 'gelei'. Porque 27 anos - vou completar 28 agora, no próximo dia 15 -, uma filha de oito anos... a gente não quer receber essa notícia. Demorou um pouquinho para 'cair a ficha', mas agora eu tô firme e forte no meu tratamento, para eu me recuperar, para voltar para minha filha", finaliza a jovem mãe.

Ajuda

Se você pode ajudar, procure o Hemosul e informe o nome Tallita Knebel no ato da doação. Mais informações sobre a situação da jovem podem ser obtidas com a Débora Knebel, mãe dela, por meio do número (67) 98110-8281.

Para doar

Para doar sangue é preciso que você tenha entre 16 (para jovens 16 e 17 anos é necessária a presença do responsável legal no ato da doação) e 69 anos; tenha peso acima de 51 quilos; não tenha ingerido bebida alcoólica nas 12 horas anteriores; esteja bem alimentado, porém, sem a ingestão de alimentos gordurosos, e esteja munido de um documento oficial com foto, como a carteira de identidade ou de motorista.

Doenças que impedem a doação

É importante se atentar para condições que não permitem a doação de sangue, como é o caso de doenças hematológicas, cardíacas, renais, pulmonares, hepáticas, autoimunes, diabetes, hipertireoidismo, hanseníase, tuberculose, câncer, sangramentos anormais, convulsões, ou portadores de doenças infecciosas transmissíveis pelo sangue como Doença de Chagas, Hepatite, AIDS, Sífilis. Se estiver com gripe ou alergia deve esperar sete dias após sarar para doar sangue.

Serviço

Mais informações sobre a doação de sangue podem ser tiradas por meio do telefone: (67) 3312-1500. O Hemosul fica na Avenida Fernando Corrêa da Costa, 1304, Centro, Campo Grande.
 

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