Amigos da professora Maxelinne Silva dos Santos, morta aos 28 anos, pelo ex-guarda municipal, Valtenir Pereira da Silva, em 2020, lamentam que o caso complete dois anos, sem punição. Protesto na Orla do Aeroporto, neste domingo (20), quer chamar a atenção para os crimes de feminicídio. 

Conforme o professor Vitor Areco, 39 anos, o ato começou às 15h, com a presença de amigos e familiares de Maxelinne, inclusive da mãe dela. 

O objetivo do ato, diz Areco, é cobrar rapidez da Justiça para o crime bárbaro, que também terminou com a morte de um rapaz, que era namorado de uma amiga de Maxelinne. 

‘’Tem outros casos que ocorreram depois e já foram julgados. Acho que tem a ver por ele representar guarda civil metropolitana’’, acusa Vitor. Ele acompanha o processo e diz que não há data para julgamento do réu. 

Valtenir responde por feminicídio. (Foto: Reprodução Facebook)

Feminicídio 

Vitor ressalta que a morte da amiga poderia ser evitada, já que ela tinha medida protetiva contra o guarda. No entanto, diz o professor, ele continuou trabalhando normalmente, inclusive com a arma da GCM. 
Areco lembra que a vítima não recebeu apoio, na ocasião que o réu invadiu a casa dele, 12 dias antes do crime. 

‘’Não foi ninguém, nem uma viatura ajudar ela a fechar a casa... ninguém deu suporte’’, lamentou o professor. 

Outra reflexão feita no protesto, é que Mato Grosso do Sul é a 3ª unidade da federação com mais feminicídios no País. 

O espaço está aberto para manifestação da Guarda Civil Metropolitana. 

O crime 

No dia 29 de fevereiro, Maxelinne foi baleada na cabeça, durante um churrasco com amigos, em Campo Grande. O então guarda municipal, Valteir, baleou a ex-namorada na cabeça. Uma amiga dela foi ferida a tiros, mas sobreviveu. Já o namorado da amiga foi atingido e morreu. 

A vítima já tinha medida protetiva contra Valteir. 12 dias antes do crime, ele invadiu a casa dela, a obrigando a deixar a residência. 

O guarda foi demitivo da GCM. No dia 12 de janeiro, a Justiça manteve a prisão preventiva do réu.