Após a declaração do prefeito, em nota, a diretoria da Santa Casa informou que não questiona a fala de Marquinhos sobre quem deve o repasse, pois acredita que a Prefeitura pensa que existe inadimplência do Governo Estadual, mas como o contrato do hospital é com a Sesau, existe então um impedimento de cobrar Estado e União por conta da gestão plena exercida por Campo Grande.

Na manhã desta sexta-feira (14), o prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), questionou o presidente da Santa Casa, Esacheu Nascimento, sobre ‘quem deve quem’ e afirmou que à prefeitura está repassando em dia o valor acordado e que não tem responsabilidade sobre a greve dos médicos, com previsão de início na próxima segunda-feira (17).

A paralisação foi decidida em assembleia entre a Associação dos Médicos da Santa Casa de Campo Grande (Amesc/CG) e Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul (Sinmed/MS), na última quarta-feira (12). De acordo com o cardiologista Marcos Tigumann, são três categorias com atraso no pagamento.

“Aqui tem três categorias e todas com os salários atrasados. O pessoal que trabalha com pessoa física autônoma, está com dois meses de atraso salarial. Já os que trabalham como pessoa física em regime da CLT, alguns estão há mais de dois meses. Agora os que trabalham como pessoa jurídica, não recebeu o mês de novembro, nem 13º, nem as férias antecipadas”, disse o médico.

No período em que estiverem em greve, a escala deve ser reduzida ao mínimo para garantir o funcionamento e atendimento aos pacientes. Os atendimentos serão 70% no setor ambulatorial e cirurgias eletivas e em 30% os atendimentos de urgência e emergência.