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EMERGÊNCIA DE SAÚDE

há 3 semanas

Baixa procura e surto de gripe levam Campo Grande a liberar vacina para toda a população

Com apenas um terço dos grupos prioritários vacinados, município amplia estratégia para conter aumento de casos respiratórios

Após decretar situação de emergência na saúde pública, a prefeitura de Campo Grande Adriane Lopes (PP) anunciou, neste sábado (27), a ampliação da vacinação da gripe para toda a população. A medida foi tomada diante da baixa adesão dos grupos prioritários e da crescente pressão sobre o sistema de saúde da cidade.

Segundo a secretária municipal de Saúde, Rosana Leite de Melo, apenas cerca de um terço das pessoas dos grupos prioritários (crianças, idosos e gestantes) foram vacinadas até agora. "Nós temos várias estratégias. Estamos vacinando praticamente todas as CTIs, as Emeis, os acamados, mas a gente precisa vacinar mais", afirmou Rosana.

O município vem registrando dificuldades no enfrentamento das chamadas SRAGs (Síndromes Respiratórias Agudas Graves). Campo Grande enfrenta alta no número de atestados médicos entre servidores da saúde.

De acordo com a Prefeitura, o índice de afastamento por SRAG entre servidores chega a 20%. Durante o feriado da Páscoa, o problema se agravou: 73 médicos, 224 técnicos de enfermagem e 26 enfermeiros ficaram afastados em apenas quatro dias, comprometendo o atendimento nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e CRSs (Centros Regionais de Saúde).

"Isso desfalcou muito a nossa força de trabalho", destacou Rosana. Para tentar conter a disseminação do vírus, a Prefeitura também determinou o uso obrigatório de máscara em todas as unidades de saúde da cidade.

Com o cenário se agravando, a Secretaria de Saúde decidiu liberar a vacinação para todas as faixas etárias, na tentativa de frear o avanço dos casos e diminuir a circulação do vírus. "A estratégia é de ampliar a vacinação por conta da situação", explicou a secretária.

Os números mostram a urgência da medida. Em 22 de abril, Campo Grande havia aplicado apenas 56.787 doses das vacinas recebidas, sendo 3.708 em crianças e 970 em gestantes. Do total de doses destinadas à cobertura do Ministério da Saúde (voltada especificamente para crianças, idosos e gestantes), apenas 38 mil haviam sido aplicadas.

O número representa uma cobertura de apenas 15%. "Nós recebemos quase 200 mil doses. Vacinamos 56 mil em um mês. É muito pouco", lamentou Rosana.

A baixa adesão preocupa a gestão municipal. No ano passado, 85 mil doses de vacinas foram incineradas por vencimento. "É triste ver isso, uma vacina segura, que protege dos três vírus circulantes", afirmou a secretária.

Desde o início da campanha, a Prefeitura realiza ações de vacinação em escolas, Emeis, drive thrus, shoppings e unidades de saúde, mas agora aposta na liberação para o público geral para tentar alcançar uma cobertura mais ampla e conter o avanço da epidemia.

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