O atendimento a um idoso, de aproximadamente 70 anos, mobilizou uma equipe do Corpo de Bombeiros na tarde desta quarta-feira (23) na região do Jardim Centenário, em Campo Grande. O atendimento levantou a suspeita de que poderia ser apontado como abandono de incapaz.
Segundo soube a reportagem do TopMídiaNews, o idoso ingeriu grande quantidade de bebida alcoólica e estava bastante desorientado, não conseguindo permanecer em pé ou até mesmo sentado.
Uma vizinha foi responsável por acionar o resgate e também a Polícia Militar, que colaboraram rapidamente para atender a vítima e encaminhá-la para uma unidade de saúde. Porém, ao conversar com algumas pessoas, a reportagem apurou que o idoso já é bastante conhecido na região.
Em conversa informal, a vizinha detalhou que o idoso não mora na região e que o filho trabalha nas proximidades do Portal Caiobá. No entanto, explicou que a vítima em questão vive frequentando os bares do bairro e, por isso, chega a ficar algumas vezes desorientado e caído.
Nesta situação em específico, o homem estava bastante desidratado e recebeu o aparato do Corpo de Bombeiros. Mas até que ponto é considerado abandono de incapaz? Vale ressaltar que a explicação das testemunhas é que esse episódio não é de hoje, mas que repentino.
Abandono de incapaz
O abandono de incapaz é um crime previsto no Código Penal Brasileiro, através do art. 133, no que diz que abandonar uma pessoa sob seu cuidado, guarda, vigilância ou autoridade, e por qualquer motivo incapaz de defender-se dos riscos resultantes do abandono.
Na maioria dos casos, idosos são 'deixados' pelos filhos, mas idoso bêbado também configura abandono? A pergunta pode ser estendida até o ponto de que todo idoso merece apoio dos filhos?
Internautas expuseram suas opiniões em algumas publicações recentes no TopMídiaNews, em que muitos estiveram divididos sobre a responsabilidade ou não dos filhos de cuidar de seus entes queridos mesmo em situações mais atípicas.
Enquanto alguns disseram ser sim de responsabilidade dos filhos, outras pessoas defenderam que o passado da vítima pode ser levado em consideração para alguns casos.
