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Campo Grande

14/08/2016 07:00

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Calamidade pública: Cidade Morena se transforma na 'capital dos buracos'

Autoridades se esquivam das respostas e sequer são capazes de divulgar números oficiais

A palavra calamidade vem do latim, de catástrofe. Calamidade pública trata-se de uma situação anormal, provocada por desastres, causando danos e prejuízos que impliquem o comprometimento substancial da capacidade de resposta do poder público. Há ainda quem não se dá conta dessa analogia e a proporção real que os atuais buracos estão oferecendo à população de Campo Grande.

Mas quantas vidas já foram perdidas por conta dos buracos? Não podemos deixar de mencionar os prejuízos financeiros, com veículos estragados e acidentes de trânsito. Sem falar que nem sempre é possível registrar as reais quantidades de óbitos relacionados aos buracos, já que apenas os mais evidentes e com testemunhas é que, geralmente, são computados.

A situação é tão caótica que a cidade caminha para o impressionante número de um buraco por pessoa. “Já caí por causa de um buraco na Avenida Ernesto Geisel. Estragou a minha motocicleta. Sorte que não me machuquei muito. O problema está sério e nós somos quem ficamos com os prejuízos”, desabafou a funcionária de um estabelecimento comercial, Adna Aparecida Couto, de 37 anos.

Diante de tantas denúncias e reclamações, o TopMídiaNews fez questão de retratar essa problemática. No entanto, as autoridades se esquivam das respostas e sequer são capazes de divulgar números oficiais, por até mesmo desconhecimento, falta de interesse ou sigilo.

“Muito buraco. A cidade está um horror”, contou a caixa de um supermercado, Nice Pereira da Vera, de 40 anos. Enquanto isso, a Prefeitura Municipal só sabe divulgar que as equipes continuam o trabalho de recuperação asfáltica. Recentemente, informaram que ocorrem nas regiões do Anhanduizinho, Centro e Bandeira. Mas nada de concreto é feito e a população continua convivendo com problemas diários.

O administrador Fabrizio Colman Almeida, de 31 anos, é apenas uma das pessoas revoltadas com a questão. “A cidade está cheia de buracos. Isso é muito grave devido aos acidentes e prejuízos financeiros”, destacou ao passar pela Rua Rui Barbosa, região central da cidade, que estava tomada por crateras.

Quando o secretário de Obras, Amilton Candido foi indagado ao telefone sobre o posicionamento oficial da prefeitura e o que estaria fazendo para reverter o quadro, ele simplesmente informou que não estava na secretaria e que ligasse depois. Já a assessoria de imprensa da prefeitura não se dá ao trabalho nem de responder aos e-mails com as solicitações.

Agora se o prefeito Alcides Bernal (PP) o colocou no cargo, respondendo pela Seintrha (Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação) ele tem ‘obrigação’ de saber os rumos e melhorias para a cidade. Se as autoridades competentes não respondem, tudo indica que é porque eles não têm sequer uma desculpa plausível para explicar como a situação chegou a este ponto em Campo Grande.

O consenso da maioria da população deixa evidente o quanto esses buracos são prejudiciais, tanto é que antes os campo-grandenses clamavam mais por segurança, educação e saúde, sendo que agora até o ‘fim’ dos buracos entrou na pauta de reivindicações. Tudo indica que esse será um dos focos das campanhas eleitorais para atrair os votos nas urnas.

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