Jovem de 24 anos acabou presa, na sexta-feira (8), em um bar localizado na rua Montese, bairro Vila Olinda, em Campo Grande, próximo da UFMS, após xingar policiais que tentavam dispersar os frequentadores do local que estavam causando perturbação do sossego alheio.

De acordo com a ocorrência, os militares estiveram no local após serem chamados por moradores da região, que alegavam "algazarra, som alto, obstrução da via pública e roubo a mão armada nas imediações do bar".

Ainda conforme a denúncia, os autores estariam infiltrados no meio dos estudantes. Para restabelecer a ordem do local e tentar encontrar os possíveis acusados, determinaram que todos os frequentadores do bar colocassem as mãos na parede.

Nesse momento, a jovem se recusou dizendo que "não iria para a parede coisa nenhuma". Foi dada voz de prisão à estudante, que tentou resistir xingando os militares. Ela foi algemada e colocada no compartimento de segurança da viatura.

Para dispersar o público que tomava conta da rua, os militares jogaram bombas de gás lacrimogêneo.

Frequentadores reclamam

Em mensagens enviadas para a redação, pessoas denunciaram suposto excesso de força, uma vez que no ambiente havia uma criança de 5 anos.

O caso aconteceu por volta das 22 horas. Após a dispersão, os comerciantes decidiram encerrar as atividades no dia.

Em uma página não oficial da UFMS do Instagram, voltada para alunos da instituição, estudantes elogiaram a atitude da jovem presa, mas, também, criticaram a atitudes dos vários outros que causaram o tumulto.

"Achei a bicha muito guerreira, nossa Katniss Everdeen (personagem do filme Jogos Vorazes) lutando pelo distrito UFMS, contra as forças da Capital Marquinhos Snow Trad [ex-prefeito]", escreveu um internauta, apesar que a Polícia Militar é regulada pelo governo estadual.

Já outro pediu que os frequentadores deixem de fazer bagunça, ocasionando a repressão da Polícia contra quem está no local.

"A Polícia aparece lá porque o povo fecha a rua. Então, né, gente, vamos pensar um pouco", disse outro.

Procurada, a PMMS não respondeu sobre o caso até a publicação desta matéria.