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Campo Grande

16/03/2021 07:00

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Delegado Fabio Peró seria executado no rancho dele em Campo Grande, diz investigação

Bilhete achado em presídio federal motivou denúncia contra Jerson Domingos e Cinthya Name

O delegado do Garras, Fábio Peró Correa Paes, seria executado no rancho de propriedade dele, em Campo Grande, apontam as investigações da Operação Omertà. Os mandantes seriam Jamil Name e Jamilzinho Name e os responsáveis por organizarem o assassinato seriam Jerson Domingos e Cinthya Name Belli. 

As informações constam na denúncia do MPE, de 12 de março, que atribuiu o crime a seis pessoas, mas só quatro se tornaram réus. A chefia da milícia armada estaria revoltada com o engajamento de Peró à frente das investigações. 

O processo, que corre na 1ª Vara Criminal de Campo Grande, diz que as primeiras intenções de assassinar o delegado surgiram logo após Jamil, o filho e outros investigados, serem presos em 27 de setembro de 2019. 

À época, o Departamento de Inteligência da Polícia Civil descobriu que a chefia da milícia bem como seus subordinados, tramaram a morte de Peró. O caso se tornou público e culminou com a transferência dos criminosos para o Presídio Federal de Segurança Máxima, em Mossoró (RN). 

Porém, destaca o texto, em que pese Jamil e parte da quadrilha estarem incomunicáveis, no Regime Disciplinar Diferenciado, dois advogados fizeram o serviço de ‘’pombo-correio’’ e levavam as ordens dos Name até Jerson e Cinthya, esta última sobrinha e gerente financeira de Jamil. São eles Davi Moura de Olindo e Adailton Raulino. 

Recebidas as ordens da chefia, dizem os promotores de Justiça, Jerson passou a adquirir armas, veículos e outros meios capazes de por em prática o atentado. Dessa vez, além de Peró, o promotor de Justiça integrante do GAECO, Tiago Di Giulio Freire e o Defensor Público, Rodrigo Antônio Stochiero Silva, também passaram a ser alvos. 

Entre os elementos centrais da investigação, está o depoimento de uma testemunha, em julho de 2020. A identidade foi mantida sob sigilo e dá conta que ele teve acesso ao conteúdo de um bilhete e conversas entre Jamil Name e outros investigados no presídio. 

No depoimento, essa fonte conta que soube de um detalhe do plano, que consistia em matar Fábio Peró no rancho dele. Esse local foi tido pelos criminosos como sendo um ‘’local fácil’’ para matar o delegado. 

A testemunha contou ainda que Jerson ficou incumbido de ir até o Rio de Janeiro contratar os pistoleiros. A investigação comprovou que o conselheiro do Tribunal de Contas realmente esteve na Cidade Maravilhosa dias antes do bilhete ser interceptado no presídio de Mossoró. 

“Tinha pessoal já cuidando o Fábio Peró e tudo, garantiu a testemunha. 

Cinthya é e era, conforme o entendimento do MPE, a controladora das finanças de Jamil Name, inclusive tinha procuração para atuar por ele nos negócios. Ela seria a ordenadora dos pagamentos para os capangas da quadrilha. 

Outro detalhe apontado pelo Gaeco, antes da deflagração da 3ª fase da Omertà, em junho de 2020, um 3º sargento da PM, vinculado ao gabinete do deputado Jamilson Lopes Name, Rogério Luis Phelippe, fez pesquisas na internet sobre quem seriam os promotores do Justiça do Gaeco. 

Mas o que chamou a atenção é que, conforme quebra do sigilo telemático, o PM estava parado bem em frente ao Garras, no Jardim Flamboyant, quando fez a pesquisa. 

Jerson e Cinthya se tornaram réus, assim como Jamil, o filho, o ex-policial civil, Vladenilson Olmedo e o ex-guarda municipal, Marcelo Rios. Davi Olindo e Adailton tiveram a denúncia rejeitada pelo juiz Roberto Ferreira Filho. 

O espaço está aberto a todos os citados (ou as defesas) nesta reportagem. 
 

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