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Campo Grande

07/08/2021 13:45

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Denúncias levam Conselho de Veterinária a fiscalizar projeto de castração no Universitário

Alguns procedimentos eram feitos de maneira irregular, como, por exemplo, usar a mesma mesa cirúrgica para operar dois animais

Denúncias de clientes que relataram procedimentos cirúrgicos mal-sucedidos em seus animais levaram o CRMV-MS (Conselho Regional de Medicina Veterinária de Mato Grosso do Sul) a fiscalizar um projeto de castração no bairro Universitário, em Campo Grande. De acordo com o órgão, o preço da esterilização é um dos principais atrativos.

A dinâmica de como funcionava a castração foi relatada pela gerente técnica do CRMV, Dra. Ana Carolina Siqueira Gonçalves de Assis, que explicou que os animais que passariam pelos procedimentos eram levados para a casa de uma pessoa e de lá, transportados de maneira irregular em uma Kombi para uma clínica, onde os procedimentos seriam realizados.

O que foi constatado pela equipe do órgão é que alguns procedimentos eram feitos de maneira irregular, como, por exemplo, usar a mesma mesa cirúrgica para operar dois animais em simultâneo. Outro ponto relevante é que vários animais aguardam a castração em um local inadequado.

Cerca de 30 animais eram atendidos por dia e o local não suportava tal lotação.

“Uma das denunciantes relatou que após o procedimento, o local da sutura cirúrgica teve os pontos rompidos e o animal sofreu bastante”, relatou a gerente técnica conforme denúncia recebida.

Além disso, o Conselho Regional de Medicina Veterinária apontou que o preço da esterilização dos animais era um chamativo para atrair novos clientes, colocando valores muito abaixo do que é geralmente cobrado. Um procedimento cirúrgico exige materiais e instrumentais de qualidade e seguros a fim de garantir um serviço adequado e consequentemente o bem-estar dos animais assegurados.

Segundo a Resolução do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) nº 962, de 27 de agosto de 2010, que normatiza os Procedimentos de Contracepção de Cães e Gatos em Programas de Educação em Saúde, Guarda Responsável e Esterilização Cirúrgica com a Finalidade de Controle Populacional, o procedimento que deve acontecer como demanda de Programas Oficiais envolvendo Instituições Públicas, ou por meio de convênios com as mesmas. Portanto, a atuação desse projeto fere o que normatiza a resolução em vigor do CFMV praticando ato que não lhe compete.

O presidente do CRMV-MS Rodrigo Piva apoia as realizações de mutirão de castração, desde que obedeça às normas que garantam o bem-estar do animal. “Não podemos ficar omissos diante de casos como este. Nossa equipe esteve no local e registrou a falta de condições adequadas para a realização do projeto, quanto mais de mutirão de castração. Por isso, faço um alerta se for castrar seu animal de estimação procure locais que ofereçam todo o acompanhamento pré, trans e pós operatório com médico-veterinário como responsável técnico e que seja credenciado ao CRMV-MS”, pontuou.

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