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Campo Grande

03/09/2018 11:30

Desabafo: gestante de alto risco fica sem consulta e remédio por quase dois meses em Campo Grande

Prefeitura confirma problema e diz que motivo foi demissão de médico no CEM

Uma mulher com gestação classificada como de 'alto risco' fez um desabafo na rede social onde alega que há quase dois meses não passa por consulta pré-natal, no Centro de Especialidades Médicas, em Campo Grande. O problema dela piora quando, sem consulta, deixa de receber os remédios para hipertensão e chega a dizer que teve de pegar com uma amiga.

Conforme publicado no Facebook, em uma página de reclamações sobre comércios e serviços em Campo Grande, a mulher está com 28 semanas de gestação e muito preocupada, já que tem outros exames a serem feitos e ainda o risco de parto prematuro.

Ainda de acordo com a paciente, o motivo é a falta de médicos no centro e outras pacientes também foram prejudicadas com a não marcação de novas consultas. Inclusive, outra mulher denunciou, na seção de comentários da postagem, que está grávida de 7 meses e teve apenas três consultas.

O caso em questão inspira cuidados, visto que os acompanhamentos das gestações que não têm alterações, são feitas mensalmente nas unidades básicas de saúde.

Outro problema enfrentado pela mãe é que, sem as consultas, não foi possível receitar mais medicamentos que precisa, que segundo ela é o metildopa, para hipertensão. São 4 comprimidos por dia, total de 120 por mês. Ela relata que, pela ausência da medicação, passou mal e teve de ser socorrida ao Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, na Capital.

Consulta de gestante foi desmarcada no CEM

Gestante diz ter passado mal após falta de remédio. (Foto: Reprodução Facebook)

''É meu povo, passei mal !!! Pressão subiu. Estou aqui no Regional...Dei entrada às 2 da manhã !!!'', desabafou.  

Na postagem, a mulher revela que sua última consulta ocorreu em 16 de julho. Ela recebeu a informação de que a consulta foi reagendada para 26 de setembro.

A denunciante finaliza dizendo que ligou na assistência social do município e teria ouvido que lá nada poderia ser feito.

Diante do relato na rede social, muitas mulheres se solidarizaram com a denunciante. Já o vereador Hederson Fritz (PSD) recomendou que a mesma procurasse um enfermeiro em uma unidade básica de saúde para a troca da receita.

Resposta

A prefeitura de Campo Grande informou, por meio da assessoria de comunicação, que, neste mês, houve necessidade de remarcação dos atendimentos ocorridos no CEM por conta do desligamento de um médico.

''No entanto, o serviço médico já designou dois profissionais para dar continuidade ao tratamento''.

Ainda de acordo com o comunicado, todos os atendimentos serão reagendados e o fluxo organizado.

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