Depois de misturar remédios, ter um surto psicótico e sair nu na porta de casa, no domingo (14), um homem de 35 anos foi filmado e agredido pelos vizinhos, passou mal e foi parar no CTI (Centro de Terapia Intensiva), em Campo Grande.

Diante da situação, a ex-mulher, que acompanha o caso e sabe dos problemas de saúde do ex, pede a população que não compartilhem o vídeo do morador da Comunidade Cidade dos Anjos, no Parque do Lageado.

"Ele tem laudo médico, toma remédios, está com problemas e na data tentou suicídio, saiu nu na porta de casa, pois achou que estava indo tomar banho, mas deram tapas nele, entraram no barraco e destruíram o pouco que tinha, agora estou com ele no hospital e só peço que não compartilhem o vídeo", pediu.

Na terça-feira (16), o homem deixou o CTI e permanece internado na Santa Casa.

Ciente da situação do ex, a mulher espera que ele consiga uma vaga no Caps (Centro de Atenção Psicossocial) para internar e fazer tratamento.

"Espero que ele consiga essa vaga, é muito importante, ele precisa de ajuda e tratamento, ninguém da família dele o ajuda ou procuram para saber como está. A internação é importante para a saúde dele, mas também um lar temporário e seguro até que ele possa voltar para o barraco dele", explica.

Com laudo médico, o homem não consegue trabalhar e aguarda o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). "Ele vive de doações das pessoas, ajuda nossa, então eu peço para não denegrir a imagem dele, nem destruir o que ele tem em casa, e quem quiser ajudar doando algo a ele só entrar em contato.

Quem puder ajudar, pode entrar em contato com a ex-mulher da vítima através do telefone (67) 99306-5997.

Em resposta sobre o caso, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) informa que o paciente em questão não possui, por enquanto, nenhuma solicitação de transferência para Caps, sendo assim, logo que finalizada a etapa do tratamento pela intoxicação medicamentosa, que está sendo feita na Santa Casa, o próprio hospital irá solicitar uma vaga para transferência para o paciente dar continuidade no tratamento psiquiátrico em um Caps.

Já a SAS informa que a Rede de Assistência Social realiza atendimento socioassistencial, trabalhando em diversas áreas de forma preventiva, levando conhecimento e atividades que colaboram para o bem-estar e saúde emocional dos usuários.

"A SAS já encaminhou o contato da ex-mulher para a equipe técnica, que entrará em contato para acompanhar a família e realizar o atendimento social e serão fornecidas todas as orientações para que possam ser assistidas pela SAS", diz a nota.