A família materna de Jhemerson de Jesus, de 2 anos, morto espancado pela mãe e padrasto, busca agora reaver a guarda da irmã da criança, de apenas 4 anos, retirada da avó por decisão judicial. Eles procuram a Defensoria Pública.
Em velório do menino na tarde desta terça-feira (13), no Cemitério da Paz, a família continua sem acreditar no ocorrido. Bastante abalados e revoltados, pedem que a justiça seja feita e a devolução da menina.
A menina foi levada na tarde de terça-feira (6), para um abrigo não informado a família. Ela estava sob os cuidados da avó desde a internação do irmão de 2 anos, no dia 23 de janeiro.
A vizinha que presenciou a polícia, acompanhada de um membro do poder judiciário, levar dos braços da avó, a criança de 4 anos, viu o desespero das duas ao serem separadas, no Jardim Los Angeles, em Campo Grande.
Segundo a vizinha, o desespero comoveu quem presenciou a cena. "A avó e a menina ficaram desesperadas. Ela gritava para não ir'', relatou a amiga da família.
Bastante abalada, a avó, Maria Aparecida de Jesus, firma que sempre criou a menina, desde o nascimento. Ela também a teria registrado como filha.
"Eu tô muito abalada porque foram tirar minha neta de dentro da minha casa para levar para o abrigo, sendo que ela tem apoio na minha casa. Ela é registrada no meu nome como minha filha porque o pai não quis registrar, o pai correu, aí eu dei a minha assinatura no lugar da minha filha", diz revoltada.
A família diz não entender a ação e afirma que a criança sempre teve todo o cuidado necessário na casa da avó. Inconformada, Maria diz que procurará a Defensoria Pública para reaver a guarda.
Segundo a amiga da família, Edileusa Luiz, a sentimento é de tristeza e, principalmente, revolta. "A avó perdeu neto e a neta está em um abrigo. Para gente fica a sensação de impunidade. A gente pede é justiça para ambas as partes, tanto a dele que se foi quanto à neta que se encontra no abrigo".
De acordo com ela, a família já marcou o dia que irão à Defensoria. Amigos estão apoiando os familiares que devem buscar um defensor público porque não possuem condições de arcar com os custos.