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há 1 mês

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Família de interno morto em presídio alega omissão de socorro (vídeo)

Onofre aguardava audiência de custódia; ele tinha diabete, hipertensão e havia se machucado há semanas, alega família

A família de Onofre Peres, de 54 anos, que morreu em presídio no Jardim Noroeste, em Campo Grande, alega omissão de socorro ao parente, por parte da Agepen (Agência Penitenciária). Ele estava preso no Presídio de Trânsito, aguardando audiência de custódia, morrendo nesta segunda-feira (18).

Onofre morreu na tarde desta segunda, no setor de saúde do presídio. A causa da morte foi uma parada cardiorrespiratória, segundo atestado pelo Samu (Serviço de Atendimento Médico Urgente), durante atendimento.

Conforme o boletim de ocorrência, o interno do Presídio de Trânsito pediu atendimento médico por voltas das 13h30. Ele foi encaminhado ao setor de saúde da unidade para curativos na perna e estava em observação aguardando escolta, porém, às 16h, o custodiado começou a ficar inconsciente, não respondendo a estímulos. A equipe do Samu fez os primeiros socorros, mas ele não resistiu, morrendo às 16h47.

No entanto, a família contesta a versão apresentada no registro policial. Segundo a irmã de Onofre, ele estava buscando atendimento há mais de uma semana após machucar a perna na cama.

Ela diz que o irmão era hipertenso e tinha diabete. Desde a prisão em outubro do ano passado, a Agepen foi informada sobre a condição de saúde do detento, afirma a família. Porém, quando Onofre se machucou, nenhum parente foi avisado, sendo informados somente dias depois, quando já estava debilitado, explicam.

"Desde que meu irmão foi para lá, ele disse que é diabético e hipertenso, mas não fizeram nada. Há mais de semana ele se machucou na cama, mas não fizeram nada. Minha cunhada foi levar medicamento, mas não deixaram entrar. Isso foi omissão de socorro", afirma.

A família, então, pediu ao presídio para que Onofre fosse liberado e recebesse os devidos cuidados necessários em uma unidade médica, mas teve o pedido negado, afirma a irmã. Devido à recusa, parentes tentaram ao menos levá-lo medicamentos, porém, novamente, foram proibidos.

Sem o atendimento adequado, a irmã diz que Onofre sofreu antes de morrer. "A perna dele está horrível, está inchada. Ele agonizou antes de morrer. Ele sofreu", diz emocionada.

Onofre era caminhoneiro e foi preso em outubro após ser pego carregando drogas no caminhão. Desde então, aguardava a audiência de custódia, marcada para ocorrer em abril. "Ele nem havia sido condenado, estava aguardando audiência de custódia. Ele não tinha problema no coração. Eu não aceito. Isso não é justo. Ele chegou vivo e vai sair no caixão".

Em abril, Onofre faria 55 anos. A família, agora, busca por justiça. "Agora dia 3 de abril ele faria aniversário e, em seguida, faria a audiência de custódia. Estou em choque, mal com tudo isso. Meu irmão errou, mas era uma pessoa boa que todos gostavam. Não aceitamos o que fizeram com ele", finaliza a irmã inconformada.

Outro lado

Veja a nota da Agepen:

O referido interno recebia atendimento regular, inclusive o último foi no dia 15 de março, informações que podem ser confirmadas em seu prontuário. Segundo os profissionais que o atenderam, ele estava com uma lesão na perna, mas estava com sinais estáveis e seria encaminhado para atendimento no Setor de Saúde da Máxima, porém teve um mal súbito e veio a falecer. O interno sofria de diabetes.

Não há proibição para a entrega de medicamentos, apenas a exigência que tenha prescrição médica.

 

 

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