A+ A-

segunda, 20 de maio de 2024

Busca

segunda, 20 de maio de 2024

Link WhatsApp

Entre em nosso grupo

2

WhatsApp Top Mídia News
Campo Grande

há 1 ano

A+ A-

Filha conta como surgiu nome de monumento dado pelo pai em Campo Grande

O monumento está localizado na confluência das ruas Marechal Cândido Rondon, Dom Aquino, Duque de Caxias e Sargento Cecílio Yule

Comparada as outras cidades de Mato Grosso do Sul, Campo Grande é considerada uma das mais jovens e apelidada carinhosamente de “Cidade Morena”, ela nos reserva muitas histórias. Basta andar por suas ruas para se deparar com algum lugar, ou algum monumento, que de alguma forma, marcou para sempre a vida de quem vive, ou já viveu por aqui, como é o caso da personagem dessa matéria, Jacira Ferreira De Azevedo Mello, hoje com 69 anos de idade.

Jacira conta com muito orgulho e nostalgia, da origem de um dos principais monumentos, que embelezam e que é um dos principais cartões postais da nossa cidade, mesmo que a grande maioria da população desconheça a sua história.

Nascida em Campo Grande, em 1953, Jacira tem 69 anos e hoje mora em São Paulo, mas nunca se esqueceu de suas origens e da menininha que adorava brincar pelas ruas do bairro Amambai, ao entorno da famosa Praça Cuiabá, e que hoje é conhecido por grande parte da população como, “Praça Cabeça de Boi”.

Mas por que o nome “Praça Cabeça de Boi”?. Essa história, Jacira tem o imenso prazer em contar.

Tudo começou pelo seu pai, Jaime Tributino de Azevedo, que era um fazendeiro e tinha um açougue na região do bairro Amambai. No local não havia muitas casas e nem comércio e certa feita, ele decidiu pegar o crânio de um boi e colocou no alto de um poste.

Na ocasião, o ponto onde foi colocado a cabeça de boi, é a confluência entre as ruas Marechal Cândido Rondon (antiga Y-Juca Pirama), Dom Aquino, Duque de Caxias e Sargento Cecílio Yule. Conforme relato de pessoas que moraram na região naquela época, o local servia como ponto de parada para as comitivas de tropeiros, onde era negociado gado e de viajantes que desciam do trem e faziam do lugar, um ponto de parada para descanso.

Segundo Jacira, a família morava na terceira casa da praça a partir da rua antiga Y-Juca Pirama, que com o tempo passou a se chamar Marechal Cândido Rondon.

 “As pessoas que passavam pela praça e viam ali aquela cabeça seca de um boi, começaram a chamar o local de Cabeça de Boi. O nome acabou se tornando popular naquela época”, explica.

Anos depois, Tributino foi embora com a família para São Paulo. Ele morreu vítima de um acidente, em 1975. Jacira conta que seu pai nem chegou a saber do monumento construído em homenagem aquela cabeça de boi que foi idealizado por ele.

Jacira Mora em São Paulo até hoje, mas também não conhece o monumento de perto, apenas por foto. Ao ser questionada se pretende voltar a cidade para conhecer de perto o monumento, ela não deu certeza. 

"Já fazem muitos anos, tenho muitas lembraças boas daquele lugar e daquela época, acho que ainda tenho duas primas que moram em Campo Grande, mas não sei dizer se hoje teria ânimo para voltar lá. Ainda é algo que penso muito, quem sabe qualquer dia eu vou até lá", afirmou Jacira.

A história do monumento contada por dona Jacira, foi compartilhada por ela em uma página do Facebook e rendeu muitos comentários e compartilhmentos, principalmente por pessoas, que já ouviram falar muito do nome Praça Cabeça de Boi, porém, desconheciam a origem da nomenclatura.

Em um dos comentários, uma internauta escreveu: 

"Eu sempre me perguntava, porque o pessoal chamava esse lugar de cabeça de boi. Muito interessante essa história, seu pai nem imaginava que esse lugar ficaria conhecido como Cabeça de Boi, muito menos que seria erguido um monumento no local. Achei linda a história".

"A memória dele ficou eternizada nesse local, e onde ele estiver com certeza está feliz por essa linda homenagem", comentou outra seguidora.

 

Loading

Carregando Comentários...

Veja também

Ver Mais notícias
AMIGOS DA CIDADE MORENA ABRIL NOVEMBRO