O ex-policial militar Ilson Martins Figueiredo foi assassinado, em junho de 2018, a mando da família Name. Ao menos é o que apontam as investigações do Gaeco e da Polícia Civil. O motivo seria a suposta participação dele no sequestro de Daniel Alvarez Georges, filho do pecuarista de Ponta Porã, Fahd Jamil.

''Danielito'', como era conhecido, sumiu há oito anos e nunca foi encontrado. Conforme contido no despacho do juiz Marcelo Ivo de Oliveira, da 7ª Vara Criminal de Campo Grande, a investigação diz que Jamil Name e Jamil Name Filho desconfiaram que Ilson teria participado do sequestro.

No mesmo documento, o juiz Marcelo Ivo destaca o depoimento de Eliane Benitez Batalha dos Santos, mulher do guarda municipal Marcelo Rios, tido como gerente da organização criminosa. Ela contou que ouviu do marido que a morte de Ilson ocorreu porque ''Fuad'' Jamil é uma pessoa muito próxima da família Name.

O advogado dos Name, René Siufi, declarou ao TopMídiaNews que ''Jamilzinho'' descobriu que era investigado pelo Gaeco e, por isso, orientou o cliente a ''rapar o pé''. Jamil Filho então passou de 30 a 40 dias na fazenda de Fahd na fronteira com o Paraguai.

Siufi destaca que foi ao órgão, no Parque dos Poderes, saber se realmente seu cliente era investigado. Ele teria recebido uma negativa, mas disse que no Gaeco tudo ''acontece no subterrâneo''. Por isso, orientou o cliente a ir embora.

''Mas isso não é crime'', pondera o defensor.

Ilson morreu por suposto envolvimento em sequestro de pecuarista. (Foto: Wagner Guimarães/ALMS)

Execução

O crime aconteceu na Avenida Guaicurus, no Jardim Moema, por volta das 6h do dia 11 de junho. Ilson dirigia um Kia Sportage branco quando foi perseguido e alcançado. Contra ele, foram disparados cerca de 35 tiros de fuzil AK 47 e carabina 556.